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Minas Gerais - 13 de julho de 2024

Serra dos Aimorés: Após nove anos desativada, usina da DASA é reaberta

A Destilaria de Álcool Serra dos Aimorés (Dasa), localizada no Vale do Mucuri, está pronta para reiniciar a produção de açúcar, após um investimento de R$ 20 milhões em reformas e modernizações. A planta fabril, que esteve fechada nos últimos nove anos, volta a operar com a meta de produzir açúcar cristal tanto para o mercado nacional quanto para exportação. Segundo a diretora administrativa-financeira da Dasa, Milena Silva Rocha, “a fábrica funcionou por quase um ano após sua inauguração em 2014, mas foi forçada a paralisar a produção em meados de 2015 devido a uma forte seca que afetou toda a safra de cana-de-açúcar.”

Naquela época, a fábrica de açúcar compartilhava o caldo de cana com a produção de etanol, o que se tornou inviável devido à escassez de matéria-prima. “A esperança era de que em 2016 as coisas voltassem ao normal, mas infelizmente a seca se intensificou, resultando em uma quebra de safra de mais de 60%,” relembra Milena Rocha. Com apenas 450 mil toneladas de cana processadas, de um total esperado de 1,1 milhão, a situação econômica não permitia a continuidade da produção de açúcar. A empresa então se reorganizou, focando na produção de etanol hidratado e anidro, reiniciando as operações em 2017.

Com a reabertura da usina, cerca de 200 postos de trabalho diretos foram gerados, um impulso significativo para a economia local. A fábrica agora tem capacidade para produzir aproximadamente 50 mil toneladas de açúcar por safra, com a expectativa de processar até 1 milhão de toneladas de cana até o final de 2024. “De lá para cá, a cada ano, estamos aumentando o nosso plantio agrícola e todo o recurso que eventualmente sobrou da operação nós investimos 100% no campo,” afirma Milena Rocha, destacando o compromisso da Dasa com o desenvolvimento agrícola sustentável.

A Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig Bioenergia), presidida por Mário Campos, celebra a retomada da Dasa como um marco para o setor. “Esse investimento demonstra que os setores estão crescendo em toda Minas Gerais e não apenas no Triângulo Mineiro. A diversificação na produção, como a entrada da Dasa no açúcar, é um caminho natural para as empresas que processam cana-de-açúcar, proporcionando maior sustentação econômica e financeira,” diz Campos. Com a reativação da usina e as melhorias previstas, há potencial para expandir ainda mais a moagem no estado, contribuindo para que Minas Gerais continue a ser um dos principais produtores de cana-de-açúcar do Brasil.
Noticia10

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