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Economia - 8 de julho de 2023

BA: Chocolate orgânico produzido por assentados da reforma agrária gera renda e preserva a Mata Atlântica

A produção de chocolates no assentamento Dois Riachões, localizada na cidade de Ibirapitanga, no Baixo Sul da Bahia, está relacionada à luta pelo direito à terra e à busca por melhores condições de vida para os agricultores locais. A luta dos assentados de Dois Riachões e outros assentados e agricultores familiares, visava reivindicar a posse da terra para garantir a sustentabilidade de suas atividades e a preservação da cultura local e a produção de chocolates na região é uma alternativa econômica importante para os agricultores.

No assentamento o cacau é cultivado de forma sustentável, seguindo práticas agroecológicas que priorizam o respeito ao meio ambiente e a preservação dos recursos naturais. Os produtores locais têm se dedicado a melhorar a qualidade do cacau e aprimorar as técnicas de manejo orgânico, colheita, fermentação e secagem dos grãos, o que contribui para a obtenção de chocolates de alto padrão. Além disso, o assentamento tem investido em processos de beneficiamento do cacau, como a produção de chocolate artesanal.

O assentamento possui 40 famílias e produz 160 hectares de cacau no sistema Cabruca, garantindo 25 toneladas de amêndoas de cacau orgânicos por ano. “A luta pela reforma agrária popular para nós não se restringe apenas a um pedaço de terra, buscamos novos conhecimentos para, a partir da Matriz da Agroecologia, desenvolver formas de convivência com o Bioma Mata Atlântica, contribuindo para uma produção de alimentos saudáveis. Sendo assim, a reforma agrária cumpre a função social”, conta Luciano Ferreira, agricultor familiar agroecológico do assentamento.

Vale ressaltar que a produção de chocolates em Dois Riachões não se restringe apenas à fabricação do produto final, mas também envolve a promoção do turismo rural, agroturismo e a culinária agroecológica no assentamento. A valorização da produção de chocolates contribui para a geração de renda e emprego na região, fortalece a identidade local e promove a preservação do meio ambiente. Essa iniciativa também colabora para a conquista do direito à terra, pois a atividade econômica sustentável se torna um argumento importante na defesa da posse da terra pelos agricultores baianos.
Noticia10

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