BA: Costa das Baleias tem dificuldade com o turismo interno porque o transporte público é precário.
Transporte e turismo são elementos indissociáveis; afinal, para viajar, é necessário condições favoráveis de locomoção de um local para outro. A experiência com vias urbanas, sinalização, segurança e até atendimento na compra de passagem influencia na decisão de um potencial cliente sobre os destinos. O transporte público no Extremo Sul da Bahia é um dos grandes gargalos que impedem o desenvolvimento do turismo regional. Falta de rotas, horários que não possibilita uma conexão entre as cidades e as más condições dos veículos são queixas recorrentes dos usuários.
O Extremo Sul da Bahia é composto por 13 municípios com uma população de quase meio milhão de habitantes e comporta uma das mais belas regiões litorâneas do brasil, a Costa das Baleias. Porém a dificuldade de mobilidade dificulta uma melhor exploração do mercado turístico, que por ser precário tem pouca adesão, inclusive do cliente interno. Esse público inclusive com características bem heterogêneas acaba não consumindo a sua própria região motivados por aspectos econômicos e sociais como mobilidade que acabam sendo negligenciadas.
É preciso pontuar que a falta de integração do sistema de transporte público no Extremo Sul da Bahia tem inviabilizado o crescimento de parte do setor produtivo da região, o turismo. Um simples trajeto entre a cidade do prado e a cidade de Caravelas, cerca de 50 km de distancia uma da outra, consome em média 8 horas a depender do horário. Este cenário ainda piora quando o percurso envolve uma cidade do extremo oeste da região como Jucuruçu ou Itanhém. Não importa a motivação da viagem, lazer, negócios ou até mesmo por motivos de saúde e educação, o deslocamento é precário.
Faz se necessário discutir a mobilidade dentro da região Extremo Sul agregando valor a Zona turística da Costa das Baleias e integrando os demais atrativos, uma vez que a região possui um grande acervo natural e cultural descentralizado. Não existem rotas em funcionamento que interligam as principais cidades turísticas e faltam ações de planejamento e gestão incorporando medidas estruturantes para aumentar a acessibilidade e a atratividade dos pontos de interesse. Se os serviços de transporte público funcionam para os moradores, também funciona para a experiência dos visitantes.
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