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Saúde - 21 de maio de 2021

Insegurança leva jovens cada vez mais ao contato com álcool e medicamentos para ansiedade e depressão.

Família disfuncional, bullying no ambiente escolar, incerteza em relação ao futuro, pressão por notas altas e a entrada em uma faculdade. Essas são algumas das motivações que tem levado nossos jovens cada vez mais para o consumo desenfreado de bebidas alcoólicas e remédios controlados(tarja preta). Segundo levantamento do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) para estudantes entre 13 e 15 anos, mais da metade já consumiram bebida alcoólica.

Outro recente estudo alerta para os transtornos mentais, principalmente a depressão e a ansiedade que vêm se tornando cada vez mais frequentes entre os jovens do Brasil. O estudo mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema dos transtornos mentais, nosso país é o que mais preocupa na América Latina quando o assunto é ansiedade e estresse. O que tem feito muitos desses jovens buscarem um refúgio nas drogas lícitas como álcool e remédios controlados.

Para a jovem Thalita Rodrigues, técnica em edificações e graduanda do sétimo período de engenharia civil, os números não necessariamente representam aumento dos índices de doença mental, mas uma fuga buscada por aqueles que têm maior dificuldade em suportar dificuldades e desafios. “Hoje os jovens falam abertamente sobre tomar diazepam em nossas rodas de conversa com a mesma normalidade que se pede um copo com água, tenho visto muitos amigos tão dependentes e que relativizam tanto o assunto que assusta”. Pontuou.

Os brasileiros têm enfrentado tempos bem agressivos quanto às pressões psicológicas exercidas sobre a população, principalmente quando se tratam das mulheres. O consumo de álcool, por exemplo, tem envolvido mais jovens do sexo feminino nos últimos anos, aponta a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Esse combinado tem se tornado um coquetel cada vez mais devastador fazendo com que os medicamentos prescritos contra ansiedade, depressão e insônia tenham crescido 19,6% nos últimos dois meses de 2020.

Para Zeilson Conceição, psicólogo, profissional da saúde mental, existe uma tentativa muito forte em relativizar o problema. “Faltam profissionais para fiscalizar, elaborar estatísticas e analisar o consumo. O pior é sempre o dia seguinte, por tanto é necessário buscar um modo de prevenir o avanço do abuso dessas substâncias. Diálogo é um caminho, principalmente com um profissional, outra ação imediata é uma mudança de hábitos e por fim, buscar não se cobrar tanto e evitar o subterfúgio dessas substâncias em busca de segurança psicológica e emocional”.orientou.
noticia10/OMS/Funcional Health Tech/ANVISA

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