Com mil mortes diárias, ainda não é possível falar que atingimos o pico
O Brasil registrou nesta sexta-feira (29), pelo quarto dia consecutivo, mais de mil novas mortes em decorrência do novo coronavírus: foram 1.124 óbitos nas últimas 24 horas. Ainda assim, não é possível estimar que estejamos no pico. Sem o controle da epidemia em estados críticos, como Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e São Paulo, os números de mortes por coronavírus não vão se estabilizar.
A epidemia está em estágios diferentes em cada estado. Enquanto em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul o número de óbitos por milhão de habitantes ainda é baixo; no Rio de Janeiro a letalidade é alta e os óbitos dobraram em duas semanas. São Paulo, por sua vez, registra muitas mortes, mas os número mas os números têm desacelerado nas últimas semanas — embora tenha batido recorde de casos na última quinta-feira (28). Relacionadas Puxado por SP e PA, Brasil tem maior alta de casos de covid-19 em 24 horas Pelo 3º dia seguido, Brasil tem mais de mil mortes confirmadas em 24 h Hospital do AM zera sala para pacientes de covid-19 pela 1ª vez em 60 dias
Observar as mortes por milhão de habitantes em um período de duas semanas indica se a doença ainda está em fase de crescimento. Além disso, coloca os números da covid-19 na escala da população de cada estado, afirma o economista Guilherme Lichand, professor da Universidade de Zurique e integrante do grupo de vigilância epidemiológica Brasil sem Corona.
“Diferentes estados reagiram de forma diferente e isso gera padrões diferentes, gera 27 curvas. Combinar esses dois critérios — morte por milhão e variação em duas semanas — dá um retrato mais preciso dos diferentes momentos que a gente está vivendo”, diz Lichand.
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