Mulheres com deficiência tem sua sexualidade ignorada
“Ser mulher com deficiência é ter sua vida sexual invadida por curiosos que acham que mulher com deficiência não quer ter filho porque não pode ou porque não transa”, essa é uma das expressões que compôs a campanha “Ser Mulher com Deficiência É”, idealizada pelo Coletivo Feminista Helen Keller, onde mulheres relatam seus desafios, estigma e preconceitos enfrentados por viverem com algum tipo de deficiência.
Dentre os relatos, estão “ser mulher com deficiência é, especialmente se for congênita, ter seu corpo manipulado dede muito cedo por médicos, fisioterapeutas, cuidadores, familiares. Antes mesmo de nos ser ensinados sobre consentimento e limites”, ou ainda, “não conseguir achar um ginecologista que tenha consultório acessível para você entrar”.
Segundo o IBGE, no Brasil, uma a cada 4 mulheres vivem com algum tipo de deficiência. Para Vitória Bernardes, integrante do Coletivo, somos vistas como mulheres, mas não reconhecidas. Isso tem a ver com a construção que coloca as mulheres no lugar de fragilizadas, de responsáveis pela manutenção daquilo que é privado, e que vive nesse lugar de subordinação em detrimento do homem. Então reconhecemos que as mulheres com deficiência são mais afetadas devido aos demarcadores de gênero.
Segundo Vitória, esse fato faz com que mulheres com deficiência sejam vítimas de violência obstétrica, sexual, psicológica e violência doméstica. “A gente precisa observar o que está ligado à vivência da deficiência, e ao menos questionar se ela está ligada ao machismo, a gente fala de números de feminicídios, mas a gente não fala das mulheres que sobrevivem às tentativas de feminícidios e entre esses números, quantas adquiriram deficiência?”
Noticia10/agenciaAIDS
Mucuri: Loja Maçônica União Mucuriense, realiza evento impactante em apoio ao Novembro Azul
A Loja Maçônica União Mucuriense – 3205, do Oriente de Mucuri, Bahia, promoveu uma s…