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Polícia - Segurança pública - 20 de agosto de 2019

Arraial d’Ajuda: Suspeitos em golpe de R$ 880 milhões são presos em resort de luxo


A polícia divulgou hoje detalhes sobre as investigações de um golpe praticado contra pelo menos seis mil pessoas de todas as regiões do país em um esquema de pirâmide financeira. O mentor e um laranja dele foram presos num eco resort de luxo, alugado ao custo de R$ 30 mil mensais, no distrito de Arraial d´Ajuda, em Porto Seguro (BA), no início do mês.Marcel Mafra Bicalho, 35 anos, e o concunhado dele, Leonardo Oliveira Silva, de 32, movimentaram cerca de R$ 880 milhões em cerca de 4 anos, de acordo com o que foi apurado até agora. Eles negam os crimes.

A prisão ocorreu após seis meses de investigações. No local, também foram apreendidos dois veículos – uma Land Rover avaliada em R$ 400 mil e uma Ford Ranger de R$ 130 mil – armas e munições. A residência tem piscina, academia e central de monitoramento com pelo menos 16 câmeras.Bicalho, mentor do golpe de acordo com a polícia, chegou a afirmar que ele e um familiar ganharam na Mega Sena para justificar a vida que levava.Seis seguranças armados moravam no eco resort porque o suspeito tinha “medo de ser morto”, segundo o delegado Gustavo Barletta. No momento da prisão, Bicalho se escondeu em um quarto imaginando ter sido encontrado por um dos seus credores. E chegou a dizer aos policiais estar “aliviado” com a prisão tamanho o medo de ser assassinado.

Para manter a vida de luxo e com proteção, o gasto dele era de R$ 100 mil por mês, de acordo com as investigações. A empregada doméstica do imóvel recebia R$ 5 mil. Alguns seguranças tinham salário de R$ 10 mil.Suspeito publicava vídeos “ensinando” a investir Bicalho se apresentava como mestre em investimentos. Em 2017, começou a publicar, em uma rede social, vídeos de um curso “ensinando” como investir. As primeiras pessoas que compraram as “aulas” foram convencidas a aplicar dinheiro na empresa dele. Vendo os resultados financeiros, logo passaram a trabalhar para o suspeito para captar outros interessados em injetar dinheiro, dando início ao golpe.

Para exemplificar, a polícia explicou que o investidor iniciava com R$ 5 mil e recebia R$ 8 mil nos primeiros meses, ou seja, lucro de mais de 50%. Para alavancar e manter o esquema, o suspeito chegou a pagar vários integrantes do grupo para criar credibilidade.Os ganhos oferecidos eram “exorbitantes e irreais”, de acordo com o delegado. O lucro prometido variava de 30% a 100%, e em uma de suas últimas investidas, o suspeito ofereceu uma margem muito maior. “Ele chegou a oferecer 500%. São lucros que não existem em lugar nenhum do mundo”, afirma Barletta.
noticia10/ascom

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