Conceição da Barra: Festival Pocar terá quase 40 atrações culturais

Entre os dias 24 e 28 de julho, o município de Conceição da Barra recebe mais uma edição Pocar Festival de Cultura, que traz como foco Patrimônio, Arte e Gastronomia. Durante cinco dias, o evento pretende transformar a cidade no centro da cultura no Espírito Santo, com quase quarenta atrações.
Como é tradição, a abertura do festival, na quarta-feira (24), se dá com um cortejo saindo da Igreja de Nossa Senhora da Conceição e sua praça, ocupando um espaço importante que foi tombado como patrimônio cultural estadual após mobilização social diante da ameaça do local ser transformado em um estacionamento. No cortejo, um desfile da cultura popular do município que é considerado Capital da Diversidade Folclórica do Espírito Santo.

Um marco da programação nesse sentido também é o ajuntamento de sanfona, viola e pandeiro no Mercado Municipal, quando os mestres da cultura popular do município se encontrar para rimar, brincar e tocar o tradicional forró de sapezeiro, que costuma ser tocado nos ajuntamentos e nos ensaios do Ticumbi.
Entre as atrações confirmadas do Pocar estão o sanfoneiro Mestrinho, o rap das Melanina MCs, o cantor de reggae norte-americano Biafran Lion, além de afrobatucada, jazz band, literatura, performance, cinema e teatro e circo com grupos do Brasil e da Argentina. O festival se espalha pela cidade, levando as atrações a diversos espaços: a Praça Matriz, a beira do cais, a beira da praia, as comunidades tradicionais, as escolas e restaurantes.
A grande novidade deste ano é a realização de um circuito gastronômico envolvendo cinco restaurantes e uma comunidade tradicional. “Sugerimos que os pratos de cada estabelecimento tivessem elementos das águas do mar ou do rio unidos com derivados da mandioca, como farinha, beiju, aipim. Cada um usou a criatividade para criar um prato delicioso”, diz Didito Camillo, coordenador do Pocar. Nas escolas, o espetáculo Memórias à Venda busca despertar nos alunos a importância da valorização da farinha de mandioca como produto de resistência das comunidades da região.
Além dos restaurantes, será possível ter um almoço cultural numa comunidade pesqueira artesanal de Porto Grande, que poderá ser acessada de caiaque, chalana ou bicicleta. “A comunidade vai preparar o almoço e as pessoas poderão fazer uma visita e ter o privilégio de ter uma troca de saberes tanto sobre a pesca artesanal como sobre manifestações culturais como jongo e reis de bois”.
Segundo Didito, uma das intenções do projeto é colocar em contato e diálogo artistas de fora com os representantes das artes e cultura popular de Conceição da Barra. No ano passado, o evento não aconteceu como festival, optando por uma etapa educativa, mais modesta em custos, mas que pudesse trabalhar com os jovens locais. “O trabalho que ainda queremos chegar é que o festival seja o ato culminante de um trabalho educativo que aconteça durante todo o ano”, considera Didito Camillo. Confira abaixo a programação completa.
noticia10/ascom