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Bem Estar - Vida Saudável - 24 de março de 2019

Quem dorme mal tem tendências a engordar


Sempre ouvimos que o ideal é dormir 7-8 horas por noite, mas devemos considerar que cada pessoa tem um ritmo biológico individual, alguns ficam bem apenas quando dormem em torno de 10 a 12 horas. O sono tem ciclos de quatro fases e cada ciclo demora por volta de 90 minutos. A privação do sono REM (Movimento rápido dos olhos, da sigla em inglês) que é a fase onde prevalecem os sonhos é a mais associada aos problemas de saúde, por exemplo, na apneia do sono.

Cientificamente, o recomendado é que durante o sono ocorra cinco ciclos das quatro fases (de 90 minutos), por isso o melhor é dormir 7-8 horas por noite. Noites mal dormidas estimulam as pessoas a comer mais e ganhar peso. É necessário considerar que quanto menos horas dormimos mais tempo temos para comer e beber e, por outro lado, indivíduos que dormem muito pouco tem menor probabilidade de serem fisicamente ativos, o que diminui queima calórica.

Outro ponto importante é a restrição de sono levando ao aumento de cortisol e a baixa tolerância à glicose, o que aumenta risco de diabetes. Estudo publicado no Journal of Applied Physiology mostrou que menos de 6,5 horas de sono por noite, pode reduzir a tolerância à glicose em 40%, o que favorece aparecimento da doença.

Um novo estudo publicado pela Universidade da Califórnia, BERKELEY sugere que uma das razões seja o impacto que a privação do sono tem sobre o cérebro. O estudo mostra que pessoas que se privam do sono por 1 noite desenvolvem mudanças importantes na forma como seus cérebros respondem a alimentos muito calóricos (junk food). O consumo de batata frita e doces, por exemplo, estimula intensa resposta numa parte do cérebro que ajuda a regular a motivação para comer.

Ao mesmo tempo, ocorre importante redução na atividade do córtex frontal, que é uma parte mais evoluída do cérebro nos quais as decisões racionais são tomadas levando em conta as consequências. Essa ação dupla no cérebro “sonolento” leva a uma reação de impulso mais forte ao “junk foods” e menor habilidade para se controlar.
noticia10/universidadedacalifornia

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