BA: Falta de linhas de ônibus prejudica o turismo interno da Costa das Baleias.
O transporte público no extremo Sul da Bahia sempre foi alvo de muitas reclamações. Na maioria das vezes, as queixas referem-se ao mau ajuste dos horários, às condições ruins dos ônibus que fazem as rotas do interior e estradas vicinais. Tais problemas somaram-se à queixa dos secretários de turismo dos municípios da Zona turística da Costa das Baleias, onde a falta de rotas em horários específicos dificulta a circulação do turista regional, fazendo com que este não consuma o turismo na sua própria região.
A região Extremo Sul da Bahia, conta com 13 municípios e uma população que passa dos 400 mil habitantes, a obervar apenas números, pode se dizer que cliente para o produto turístico da região não seria o problema, não seria, se a mobilidade favorecesse esse mercado. O turismo envolve uma grande quantidade de serviços, tanto de forma direta quanto indireta. O público diversificado consome produtos heterogêneos, por isso, aspectos econômicos, naturais e sociais como mobilidade são condicionantes e interferem na demanda turística da região.
É o caso dos balneários de Mucuri e Caravelas. Mucuri possui uma das mais belas paisagens costeiras do Nordeste do Brasil, a região de Costa Dourada, que só recentemente começou a ser explorada por uma viação regulamentada, estudos apontam que mais de 70% da população do município não conheça o Balneário. Esse número só aumenta quando ampliamos a projeção para toda a região do Extremo Sul. Já Caravelas sofre com o isolamento de ser ponto final, com ônibus entrando ou saindo apenas 3 vezes ao dia, o que limita muito para quem quer fazer um turismo doméstico pela Costa das Baleias.
Para o secretário de Cultura de Caravelas, Jaco Galdino, o que se observa é uma falta de respeito com a população que vive na região por parte das empresas concessionárias do transporte público. “Eu não posso aceitar que uma pessoa, por qualquer motivo, que precise sair de Caravelas para ir à cidade do Prado, a cerca de 50 km de distância, gaste até 7 horas, porque precisa baldear em outra cidade no caminho, imagina quem está em Jucuruçú, vai chegar a Caravelas, Prado, Alcobaça, Mucuri e Nova Viçosa como?” disse Jaco Galdino.
Neuzivan dos Santos, comunicador e mobilizador social, membro do núcleo diretivo do colegiado territorial do Extremo Sul, esteve acompanhando as reclamações, fez o percurso Itabatan, distrito de Mucuri, a Caravelas, por duas frentes, BR 418 e BAs 290 e 001, foram 13 horas para fazer toda a rota entre partida e retorno por falta de transporte. “é caótico e desumano a forma como as viações tratam as pessoas que precisam desse tipo de transporte, para Caravelas pela BR 418 só tem ônibus duas vezes ao dia, é um indo e outro voltando, fazendo o percurso seguindo as BAs é outro transtorno, é preciso urgente uma intervenção para melhorar o fluxo de passageiros nessa região”.
O território de Identidade do Extremo Sul já começou a discutir a temática, em uma reunião do núcleo diretivo foi inclusive proposta uma audiência pública, o que será avaliado. As empresas que detém essas concessões não se manifestam, e quem fica no prejuízo é a população, procuradas, por seus coordenadores de tráfego, tanto a Santa Clara, quanto a Brasileiro disse que só poderia fazer qualquer pronunciamento através de sua assessoria de comunicação, que retornássemos o contato em até 10 dias. É preciso, portanto, planejamento e antecipação aos problemas, a fim de atender turistas, moradores locais e regionais. O Extremo Sul da Bahia precisa se conhecer, e mobilidade é fundamental para tal atitude.
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