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Minas Gerais - 10 de fevereiro de 2019

Sem recursos e apoio do Estado, prefeituras dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri adiam início das aulas para 11 de março

 

A União dos Municípios do Vale Jequitinhonha (UMVALE) e a Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Mucuri (AMUC) anunciaram que após inúmeras tentativas de entendimento com o atual Governo do Estado de Minas Gerais, sem obter sucesso, mais de 90% das administrações municipais da região foram forçadas a iniciarem as aulas após o Carnaval.

 

 

Segundo os prefeitos, “não há recursos para o retorno do transporte escolar, pois a maioria dos prestadores de serviços que rodaram em 2018 ainda estão sem receber em média 04 meses, a manutenção da frota própria está prejudicada e os recursos foram todos investidos em pagamento de pessoal, mesmo assim não foram suficientes para pagar os professores”.

 

Vários munícipios da região do Jequitinhonha e Mucuri seguem com os salários dos professores atrasados. A dívida do Estado com a Educação já ultrapassa R$ 4.000.000.000,00 (quatro bilhões de reais), mas mesmo assim os prefeitos afirmam que não estão cobrando este montante no momento e que o único pedido foi o pagamento do transporte escolar, visto que a dívida com os prestadores de serviços impossibilita o transporte de alunos por toda a região.

 

Presidente da UMVALE e prefeito de Ponto dos Volantes, Leandro Santana destaca que “os prefeitos estão tentando buscar soluções para os problemas que já foram causados, tentando ser parceiros na reconstrução do Estado, no entanto o novo Governo parece não ter percebido que as políticas públicas se efetivam nos munícipios e é necessário um esforço conjunto para vencermos a crise. Nós Prefeitos estamos dispostos a fazer esse esforço, mas é preciso boa vontade do Governo, principalmente no sentido de não persistir no erro do governo anterior, que retirou recursos dos munícipios, prejudicando a população”.

 

No primeiro mês de governo, segundo Santana, Romeu Zema reteve recursos municipais assim como o seu antecessor. Os repasses de ICMS e IPVA e parte do FUNDEB vieram menor, o que vem agravando ainda mais as dificuldades já existentes. Sem os recursos que são de direito dos municípios, a população é a principal prejudicada. Serviços como saúde, educação, limpeza urbana e assistência social já estão afetados, sendo prestados de maneira precária e insuficiente.

 

Representantes da UMVALE e AMUC se reuniram com os superintendes regionais de ensino, das regiões de Diamantina, Almenara, Teófilo Otoni, Guanhães e Araçuaí, e o chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Educação Hercules Macedo. A situação da região foi apresentada para o governo e os munícipios aguardam respostas.

Noticia10/ascom

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