Porto Seguro: Criada há sete anos a Companhia de Proteção Ambiental (Cippa) já resgatou mais de 11 mil animais
Com o objetivo de coibir crimes ambientais e aumentar a proteção da mata atlântica na Bahia, o governo do estado implantou, em novembro de 2011, a Companhia Independente de Policiamento de Proteção Ambiental (Cippa), em Porto Seguro. No comando da companhia desde novembro de 2016, o major Cléber Santos esteve na redação do RADAR 64, buscando mostrar a importância do trabalho desenvolvido há sete anos no Sul e extremo Sul, Costa das Baleias e Costa do Dendê.
De acordo com o major, só nos últimos três anos e meio (de 2015 a junho deste ano), a Cippa resgatou mais de 11 mil animais silvestres que haviam sido retirados da natureza. “O diferencial dos policiais ambientais é a expertise no que diz respeito à prevenção de crimes ambientais, mas eles podem atuar também no combate a crimes comuns”, explicou o comandante.
Segundo o major Cléber, o grande desafio da companhia tem sido somar esforços para minimizar as limitações, frente a grande área de cobertura no combate a crimes ambientais. Só na região da Costa do Descobrimento, onde se insere os municípios de Porto Seguro e Eunápolis, são mais de 50 mil hectares de áreas de conservação ambiental, incluindo parques nacionais, reservas particulares do patrimônio natural e áreas de preservação ambiental. “Temos trabalhado em parceria com o Ibama, o ICMBIO, o Inema, o Ministério Público, a Polícia Rodoviária Federal, outros órgãos ambientais e instituições privadas, para minimizar essas limitações”, salientou.
A caça a animais silvestres e a exploração ilegal de madeira nativa ainda estão entre os crimes ambientais mais cometidos na região, revelou o comandante da Cippa. Cléber disse que, infelizmente, devido a questões culturais, ainda são cometidos crimes ambientais como o consumo de carne de caça e a manutenção em cativeiro de animais silvestres. Além de trabalhar no combate e prevenção a crimes, os policiais desenvolvem atividades de educação ambiental, buscando conscientizar sobre a importância da preservação do meio ambiente. Só no último ano, foram beneficiados mais de 600 estudantes de escolas da zona rural com esse tipo de iniciativa.
No combate a crimes ambientais, principalmente a caça de animais silvestres, a Cippa tem buscado cada vez mais recursos, seja por meio da capacitação de seus policiais, a aquisição de equipamentos e a criação de serviços de investigação especializados em crimes ao meio ambiente. “No último ano, com o apoio do Ministério Público, que também possui um núcleo direcionado a Mata Atlântica, foi criado o serviço de inteligência. Conseguimos também uma sala no Disep, em Porto Seguro, onde oferecemos serviço ao público de segunda a sexta-feira”, destacou major Cléber.
Noticia10/radar64
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