Caravelas: líder de coroinhas acusado de estuprar menor é investigado pela polícia
Um caso de estupro está sendo investigado pela Polícia Civil de Caravelas, município do extremo sul da Bahia, envolvendo um menor de 13 anos e um líder dos coroinhas local, o Acólito, Vitor Marques Daniel. A vítima relatou os abusos à polícia depois da mãe dele descobrir que o garoto estava com sífilis, que provavelmente foi adquirida pelo suposto autor do crime, ocorrido dentro da Paróquia Santo Antônio.
O garoto fazia parte do grupo de coroinhas desde abril de 2017. Ele se afastou da Igreja após os abusos, que o teriam traumatizado, e vinha falando com a mãe sobre suicídio, até revelar o caso. No boletim de ocorrência, registrado no dia 13 de março deste ano, o menino relata que os abusos começaram na noite de 11 de maio de 2017, quando o menino ajudava Vitor ao fechar a Igreja, depois do encerramento de uma missa festiva. Segundo o boletim, Vitor praticava sexo anal e oral no menino.
Ao menos cinco abusos foram relatados, sendo que o último deles ocorreu no dia 3 de fevereiro. Vitor dava quantias que variavam de R$10 a R$70 para que ele mantivesse o silêncio. No dia 25 de fevereiro, o menino começou a apresentar sintomas de sífilis. Depois de realizar exames, a doença foi confirmada e o menino resolveu relatar o caso à mãe, que buscou ajuda no Conselho Tutelar. Vitor negou as acusações, mas o delegado que investiga o caso, Gilvan Meireles Prates, disse que os exames constataram que Vitor tinha sífilis, o que pode ser um forte indício de que o depoimento da vítima é verídico.
“Estamos já concluindo o caso. Vamos ouvir mais três testemunhas, todas da Igreja Católica”, disse o delegado. A polícia pediu na semana passada para que Vítor fosse afastado da Igreja Católica, mas o delegado não soube dizer se houve mesmo o afastamento. A Pastoral da Comunicação em Teixeira de Freitas, onde fica a sede da Diocese na região, não deu retorno sobre o ocorrido e Vitor não foi encontrado pelo jornal Correio.
O menino está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar de Caravelas e tem recebido apoio psicológico e social, junto com a mãe, por parte da Prefeitura do município. “Ele está melhor da doença, agora conversa mais. Disse que não aguentava mais os abusos, mas tinha medo de contar. Se afastou da igreja. Já eu, nem consigo ler direito o depoimento dele à polícia. Tem uns trechos que me dá angústia”, disse a mãe.
Noticia10/ascom
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