Nanuque: Operação da Polícia Civil combate o tráfico de drogas
A Polícia Civil de Minas Gerais em Nanuque deflagrou nesta terça-feira (03/10/2017) a operação denominada Ragnarok com o objetivo de dar cumprimento a 60 medidas cautelares expedidas judicialmente, divididas em 33 mandados de busca e apreensão e 27 mandados de prisão. Foram utilizados no cumprimento das medidas cautelares 70 Policiais Civis, bem como 18 viaturas, lotados no âmbito do 15º Departamento de Polícia Civil de Teófilo Otoni. A operação ainda contou com o destacamento de uma aeronave da PCMG oriunda do Núcleo de Operações Aéreas (NOA).
Na presente data, foram efetivamente cumpridas as prisões de 13(treze) indivíduos, em razão de cumprimento de mandado de prisão preventiva, expedida pelo MM. Juiz de Direito da Comarca de Nanuque, bem como no decurso das investigações foi dado cumprimento a 9 (nove) mandados de prisão, de indivíduos que já se encontram recolhidos no sistema prisional. Durante as diligências de cumprimento de mandados de busca e apreensão, 02(duas) pessoas foram presas em flagrante delito por tráfico de drogas, sendo arrecadadas maconha e cocaína, além de pinos e sacolas destinadas à embalagem das drogas, joias e relógios.
As investigações transcorreram no período aproximado de um 1 (um) ano, revelando que os chefes da organização criminosa investigada, do interior do presídio local, orquestravam, numa nítida ascensão hierárquica e intelectual, todas as ações a serem praticadas pelos gerentes das bocas de fumo e pelos “soldados do tráfico” espalhados pelo quase totalidade dos bairros de Nanuque.
Assim, os integrantes da organização que não se encontravam presos recebiam ordens e as cumpriam com a mais fidedigna dedicação, revelando que, os agentes criminosos ventilados nessa investigação, nem mesmo sob a tutela e guarda do Estado, cumprindo as sentenças criminais que lhes foram impostas, deixaram de ser autores de crimes, nem se abstiveram de infligir uma gravíssima ameaça ao meio social como um todo.
Apurou-se que as mais diferentes práticas ilícitas criminosas eram orquestradas pelo grupo, tais como organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e roubos. O grupo também promovia a entrada de drogas no ergástulo público, inserindo-as em genitálias femininas para dificultar a localização pelos agentes prisionais.
O termo “Ragnarok” remete à mitologia nórdica, denominando um evento apocalíptico, no qual após um intenso conflito entre as forças do bem e do mal, os elementos de desordem e caos são extirpados pelas forças do bem, prevalecendo, por fim, a paz e a tranquilidade.
As investigações foram conduzidas pelo Delegado Luiz Bernardo Rodrigues de Moraes Neto, titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes de Nanuque e coordenador da Agência de Inteligência Policial de Nanuque, bem como pelos investigadores Chalme dos Santos França (Agência de Inteligência Policial), Davi Costa de Andrade (Agência de Inteligência Policial), Breno Mohandas Barbosa Meireles (Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes) e Welinton Calixto dos Santos (Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes).
Noticia10/ascom
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