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Homem - 14 de junho de 2017

Contraceptivo masculino derivado de planta promete eficácia de anticoncepcionais

Mesmo já estando em 2017, ainda faltam opções de métodos contraceptivos masculinos, sendo conhecido apenas o preservativo e a vasectomia. Porém, muitos homens não gostam de transar de camisinha, outros não querem se submeter ao segundo procedimento e, por falta de um contraceptivo que “agrade”, sempre sobra para as mulheres o uso da pílula anticoncepcional.

O tema tem gerado opiniões controversas. No ano passado, foi revelado que uma injeção masculina, quase tão efetiva quanto a pílula feminina, estava em desenvolvimento, mas ela não foi bem aceita pelos marmanjos porque gerou efeitos colaterais, como acne e mudanças de humor, em alguns usuários. Efeitos colaterais comuns do contraceptivo feminino.

Agora, um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, descobriu que dois produtos químicos encontrados na medicina popular podem ajudar a bloquear a fertilização e ser uma alternativa efetiva aos anticoncepcionais baseados em hormônios. As informações são do portal britânico “Independent”.

O canal de cálcio do esperma, vital para a fertilidade masculina, é ativado pelo hormônio da progesterona. Os pesquisadores queriam encontrar compostos que pudessem bloquear esse canal ativador de progesterona e passaram a examinar moléculas naturais, semelhantes a esteroides, incluindo a pristimerina, que vem de uma planta, e o lupeol, um composto que pode ser encontrado em plantas e frutas, incluindo as mangas. Os especialistas descobriram que ambos os compostos afetam a fertilidade espermática e concluíram que tanto a pristimerina quanto o lupeol podem atuar como compostos contraceptivos, evitando a hiperativação do esperma, evitando assim a fertilização.

O bom é que esses produtos químicos são considerados unissex , ou seja, podem trabalhar na contracepção de homens e também das mulheres. O medicamento seria algo semelhante a uma alternativa de emergência que poderia ser tomado antes ou depois da relação sexual. A explicação dos cientistas é que também pode ser eficaz em mulheres, pois o esperma leva cerca de cinco a seis horas para amadurecer, uma vez que entra no sistema reprodutivo feminino, dando à droga tempo suficiente para ser eficaz e bloquear a fecundação.

“Se alguém pode usar um composto derivado de plantas, não tóxico e não hormonal, para evitar a fertilização em primeiro lugar, poderia potencialmente ser uma opção melhor que os medicamentos hormonais”, afirma o professor de biologia molecular e celular Polina Lishko. Os compostos da planta bloquearam a fertilização em um nível muito baixo, de modo que não foram considerados outros efeitos indesejáveis sobre o óvulo ou o esperma, além do bloqueio da fusão dos dois.

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