Home Cotidiano Política Eliana Calmon diz que Lava Jato também pegará o Judiciário, e políticos farão “acordão” pela sobrevivência.
Política - 16 de abril de 2017

Eliana Calmon diz que Lava Jato também pegará o Judiciário, e políticos farão “acordão” pela sobrevivência.

“A Lava Jato pegará o Poder Judiciário num segundo momento. O Judiciário está sendo preservado, como estratégia para não enfraquecer a investigação”, a previsão é de Eliana Calmon, ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça, ex-corregedora nacional de Justiça. “Muita coisa virá à tona”, diz. Ela foi alvo de duras críticas ao afirmar, em 2011, que havia bandidos escondidos atrás da toga. “Do tempo em que eu fui corregedora para cá, as coisas não melhoraram”, diz.

Para a ministra, alegar que a Lava Jato criminaliza os partidos e a atividade política é uma forma de inibir as investigações. “Os políticos corruptos nunca temeram a Justiça e o Ministério Público. O que eles temem é a opinião pública e a mídia”, afirma. Na opinião da Ex ministra a Lava Jato tomou um posicionamento político, pegando o executivo, o legislativo e o poder econômico, não se estendendo ao judiciário para não enfraquecê-lo. “tem muita coisa nomeio do caminho, más que por estratégia ficará para depois” afirma Eliana.

Questionada sobre a possibilidade de um “acordão” pela sobrevivência política dos acusados, Eliana Calmon foi enfática, “vejo essa possibilidade, sim, pelo número de pessoas envolvidas e pela dificuldade de punição de todas elas. O congresso Nacional já está tomando as providências para que não haja punição deles próprios. Eles estão com a faca e o queijo nas mãos, é óbvio que haverá uma solução política para livrá-los, pelo menos do pior” afirma a ex ministra.

Eliana diz não ter ficado surpresa com a lista de investigados divulgados na última lista da Lava Jato, a “lista de Fachin”, segundo ela pelo que vinha sendo divulgado provavelmente todos os grandes políticos estaria sendo envolvidos como consequência do apodrecimento do sistema político brasileiro. “só fiquei um pouco, não surpresa, más meio perplexa, com o aparecimento dos caciques do PSDB, José Serra, Aloysio Nunes e Aécio Neves”.
Noticia10/folha

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