De laser a “minilipo”, mulheres fazem de tudo para rejuvenescer a vagina
Agora que as rugas do rosto foram preenchidas, a bochecha está turbinada, os dentes ficaram maiores e os seios ganharam volume, não dá para sair por aí com a vagina “envelhecida”. Esse parece ser o novo apelo dos especialistas que lidam com transformações estéticas. O rejuvenescimento chegou lá. “Eu me separei há pouco, estou ‘na pista’, quero ver se surte efeito”, diz a bióloga Daniele*, 48, que marcou aplicações de laser para recuperar o viço dos pequenos lábios. A ideia é reduzir o diâmetro da vagina também.
Única mulher em uma família de seis filhos, Daniele conta que perguntou aos cinco irmãos como eles preferiam a vagina da parceira, em termos anatômicos, na hora da penetração. “Todos disseram que achavam melhor as apertadinhas”, lembra. Não é de hoje que a bióloga se sente infeliz com a anatomia íntima. Há 27 anos, ela se operou para corrigir uma hipertrofia, mas não gostou do resultado. “Ficou torto.” Tempos depois, ela se submeteu a outra cirurgia, e agora vai partir para o laser.
Assim como no rosto, o laser causa micro-lesões que estimulam a produção de colágeno, e isso faz com que o revestimento da vagina ganhe novo tônus. O procedimento é realizado com um tubo cujo formato lembra o de um pênis de 15 cm. A ginecologista Célia Beatriz David, que atende Daniele, garante que não dói. “A região onde o aparelho penetra não possui sensibilidade táctil.” Ela explica que o laser é recomendado também para clarear a pele da área externa, dando uma aparência mais jovial.
Em casos mais dramáticos, quando o problema é o volume externo, então o jeito é fazer uma “minilipo”. De acordo com a médica, a situação ficou ainda mais complicada com a redução cada vez maior dos biquínis e o aumento da área pubiana depilada. “A vulva apareceu”, constata.
O que incomodava a taxista Eva*, 61, era justamente o volume do chamado “monte de vênus” (popularmente conhecido como “capô de fusca”, como lembra a médica). “A ‘minha’ era gordinha, e eu não podia nem colocar uma saia apertada que aparecia”, conta. Eva se submeteu a vários procedimentos: “minilipo”, clareamento e laser para fechar um pouco o diâmetro interno. Ela afirma que, depois do devido ajuste, sua vida sexual passou por um upgrade: “Meu marido teve até dificuldade para conseguir a primeira penetração.”
A utilização alternativa do laser e do ácido promete ainda fortalecer a musculatura que dá suporte à bexiga, diminuindo a perda de urina que ocorre depois da menopausa, além deixar a vagina mais elástica e lubrificada. “Meu receio de ficar ressecada era tanto que fiz o laser antes da menopausa”, conta a gerente de marketing Elaine*, que é casada há 19 anos e se submeteu ao procedimento como medida de prevenção. “Faço tudo que houver de novidade para me sentir bem.”
Noticia10/paulosampaio
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