Sexo oral transmite DSTs, Saiba como proteger a sua boca
A maioria das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) podem ser contraídas por meio das diversas modalidades de relações sexual, inclusive pelo sexo oral, alertam os dentistas. Conheça quais são os principais sintomas, como se prevenir e como são os tratamentos para as DSTs que mais afetam a boca.
Sífilis, gonorreia, herpes genital do tipo 1, candidíase e condiloma (também conhecido como crista de galo, causado pelo vírus HPV – Vírus do Papiloma Humano) são as doenças que podem ser contraídas por via oral. “A mononucleose, ou sapinho, não acomete nenhuma parte genital, mas como é transmitida pelo beijo, também podemos incluir [nesse contexto]”, observa Jussara Giorgi (CRO-SP 23 332), docente do curso de Odontologia da Universidade Anhanguera de São Paulo.
Quanto à Aids, ainda há bastante controvérsia entre os especialistas se é possível contrair a doença por via oral. O que é certo é que por diminuir a capacidade imunológica do organismo, ela torna o corpo e, por consequência, a boca mais suscetível a outras doenças. “Por conta da baixa imunidade há um aumento de outras bactérias, de vírus e de fungos que se aproveitam disso. É muito comum nos pacientes comAids vermos as candidíases oral e genital acontecendo ao mesmo tempo”, conta Jussara.
José Narciso Rosa Assunção Junior (CRO-SP: 75.309), dentista e professor de estomatologia da Unimes (Universidade Metropolitana de Santos), informa como ocorre a contaminação: “A transmissão pelo contato direto de secreção com mucosa, não importa se mucosa de boca ou genital. É claro que se tiver lesões, elas serão como portas abertas que facilitarão a esse agente agir. A barreira é o preservativo: ele preserva para todas as formas, seja fungo, vírus ou bactérias”.
Os sinais variam conforme a doença. “A sífilis começa com 21 dias com ulcerações, sem dor. A gonorreia pode aparecer com ulcerações e os pontinhos avermelhados. O HPV pode causar pequenos nódulos parecidos com a couve-flor. A candidose aparece como se fosse uma membrana branca, como se fosse o sapinho. Cada doença tem uma característica diferente”, enumera José.
O autoexame é uma prática muito recomendada às mulheres para prevenir o câncer de mama, mas ela também se aplica no caso da saúde bucal, em especial para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. “Precisamos difundir o autoexame na boca. O HPV é tão sério quando atinge um órgão genital quanto quando atinge a boca, podendo vir a causar um câncer bucal. A pessoa deve ter um hábito, nem que seja uma vez ao dia, de olhar e examinar; pode puxar um pouco de lado a bochecha para enxergar a mucosa bucal, examinar a língua… Tudo aquilo que compõe a nossa cavidade oral merece ser examinado”, orienta Jussara.
Noticia10/saudebucalig
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