Colatina: Mesmo tratada, água está imprópria para consumo, diz juiz

Segundo Taufner, laudos da Secretaria de Estado de Saúde e da Vigilância da Qualidade da Água (Vigiágua), do Ministério da Saúde, apontam que, mesmo tratada, a água distribuída aos moradores de Colatina possui metais pesados acima do limite de tolerância permitido. Os laudos apontam que a água possui chumbo, níquel, manganês e alumínio acima do tolerado, podendo causar risco à saúde dos colatinenses. O Rio Doce, que abastece a cidade, foi atingido pela lama de rejeitos de minério da barragem da Samarco que se rompeu em Minas Gerais, no ano passado.

Por conta dos resultados, o juiz determinou ao Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear), à Samarco, Vale e BHP que a água de Colatina volte a ser tratada com o polímero da acácia negra ou tanfloc*. Se em 72 horas após a intimação a forma de tratamento não for alterada, as empresas terão multa diária de R$ 50 mil. Procurada pela reportagem, a Prefeitura Municipal de Colatina informou que ainda não foi notificada e que desconhece o teor da determinação do juiz.

A Samarco informou em nota que analisa todas as quatro Estações de Tratamento de Água de Colatina pelo menos uma vez por semana e que “os laudos elaborados pelo laboratório Tommasi, credenciado pelo Inmetro, atestam que a água está apta para consumo, de acordo com a Portaria 2414 de 2011, do Ministério da Saúde. Esses laudos estão disponíveis no site da prefeitura de Colatina”.

Paralelamente a isso, a empresa diz que monitora 120 pontos ao longo do Rio Doce. “Isto inclui não só o rio como a zona costeira. Este monitoramento indica que a qualidade de água em vários pontos é semelhante aos padrões observados em 2010 pelo CPRM (Serviço Geológico do Brasil) e pela Agência Nacional de Águas (ANA)”. A Samarco informa que não foi notificada da decisão do juiz Taufner.

Noticia10/gazetaonline