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Economia - 24 de outubro de 2016

Mg: Governo estimula produção para consolidar o Estado como maior exportador de joias e bijuterias

 

O segmento de joias, semijoias e bijuterias é responsável por 34,8% do total das exportações em Minas Gerais, assim como por empregar 127 mil pessoas e responder por 15,2% do total de postos de trabalho gerados pela indústria de transformação mineira. Destaque, ainda, para o fato de as micro e pequenas empresas representarem 98% do total do setor e para a participação da moda na indústria, que é maior que a média do estado em 135 cidades. Os dados são da pesquisa inédita feita pela Fundação João Pinheiro, a pedido da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), divulgada neste mês de outubro, com a contabilização de 10.094 estabelecimentos de atividades de moda.

Os números revelam que Minas Gerais é o maior estado brasileiro exportador nesse segmento. E mais que isso: vão servir para que o governo estadual direcione as ações de fomento no setor da moda, especialmente voltados para a inclusão dos pequenos empresários do interior do estado, que são predominantes no mercado mineiro.

O designer de joias, Carlos Penna, de Coronel Fabriciano, no território Vale do Aço, é um dos empreendedores que integram a cadeia produtiva da moda em Minas. Sua empresa produz cerca de 200 semijoias por mês e tem a intenção de ampliar a produção. As peças são vendidas em Minas Gerais, São Paulo, Espirito Santo e Recife. O próximo passo é ganhar o mercado internacional. Nesse contexto, ele considera fundamental a participação dos pequenos investidores em grandes eventos.

“Acho muito importante essa abertura do mercado para os empreendedores que estão no interior do estado, pois, antes, o foco era concentrado nas capitais, deixando as empresas do interior de fora desse nicho”, avalia o empresário, que foi destaque na 19ª edição do Minas Trend, com o primeiro lugar no 3º Prêmio Empresa Tendência. Para o empresário, o espaço viabilizado pelo Minas Trend contribuiu para maior visibilidade das marcas regionais.

A empresária Marina Irffi de Freitas, de Belo Horizonte, por sua vez, aposta no uso de pedras naturais. Quartzos, pedra da lua, topázios, ônix e outras dão charme a brincos, anéis, colares e pulseiras banhadas em ouro. Marina, estreante no Minas Trend, acredita que o evento trouxe a chance de ampliar a rede de contatos, apresentar a marca e, claro, fazer negócios. “Fizemos muitos contatos e entregamos cartões de visita. Agora é aguardar os interessados”, comenta.

De acordo com a diretora de Fomento à Indústria Criativa da Codemig, Fernanda Machado, incluir os pequenos empresários é fundamental para o crescimento da economia do estado. “Hoje, cinco territórios concentram 75% da riqueza gerada pela moda em Minas Gerais. Nosso objetivo é fazer com que todas as regiões participem dessa cadeia, gerando mais lucros e empregos diretos e indiretos”, salienta.

Outra medida, de acordo com a diretora, é dar acessos aos empreendedores regionais à qualificação oferecida na capital. “Existe uma demanda de capacitação técnica nos empreendimentos do interior para conquistar outros territórios do estado. A intenção é oferecer cursos, contatos e discussões que os ajudem a ampliar as vendas”, afirma a diretora. Outras inciativas do Governo do Estado também viabilizam o crescimento do mercado da moda mineira, dentre elas, o foco na internacionalização da moda, aproximando os setores – têxtil (vestuário), couros (calçados e bolsas), joias e bijuterias do mercado estrangeiro.

Noticia10/agenciaminas

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