Mucuri: Suzano pretende iniciar construção de nova unidade sem audiência pública para não cumprir responsabilidades.
Foi assinado pelo governador da Bahia, rui Costa e pela Suzano um protocolo de intenções com a Suzano Papel e Celulose – representada pelo seu presidente Walter Schalka e pelo diretor de Relações Institucionais, Jorge Cajazeira – para a ampliação de sua fábrica em Mucuri, no extremo-sul da Bahia. O investimento é de R$ 700 milhões, o que de ampliação na verdade é só slogan fantasia para maquiar a verdade, a construção de uma unidade de fabricação de bobinas para conversão de papel higiênico, um novo segmento de atuação da empresa. As obras começam no segundo semestre deste ano e o início das operações está previsto para o final de 2017.
Todo grande empreendimento pode gerar impactos no meio ambiente urbano. Esses impactos podem afetar a vegetação, o trânsito, as redes de infra-estrutura, os serviços urbanos, as condições de tranquilidade e segurança do município de Mucuri e de toda a região, alterando a qualidade de vida da população de maneira positiva ou negativa. Para que os efeitos negativos sejam tratados e os positivos sejam potencializados necessita se de um licenciamento ambiental do empreendimento, sendo a Audiência Pública parte integrante desse processo.
A Suzano pretende com essa manobra não realizar em Mucuri e região audiências públicas para conhecimento e participação da comunidade no plano de execução da obra e suas respectivas responsabilidades sociais, como já é conhecido por muitos, a empresa tem um histórico negativo no que tange o cumprimento das condicionantes impostas as suas unidades fabris, exemplo disso são os desastrosos projetos desenvolvidos por ela e também abandonados por ela na região do “Picadão da Bahia”. Uma audiência pública nesse momento seria uma verdadeira catástrofe para empresa e para os seus planos, uma vez que organizações da sociedade tem não só cobrado bem como contestado a forma com que vem sendo conduzida a manutenção da empresa na região.
As Audiências Públicas são consideradas peças fundamentais no processo de Avaliação de Impacto socioambiental. Devido ao seu caráter consultivo/informativo, essas reuniões são públicas e discutem sobre a construção, ampliação e o funcionamento de empreendimentos públicos ou privados que possam causar interferências no meio ambiente e social. Esses eventos informam e elucidam as dúvidas acerca do projeto apresentado, tratam sobre as ações sugeridas pelo empreendedor para minimizar e compensar os impactos negativos decorrentes da implantação daquele empreendimento que pretende ser licenciado.
Nas últimas semanas já começaram uma série de ações contra a empresa, neste período de instalação da nova unidade profissionais de Mucuri desempregados reivindicaram uma postura humana e coerente da parte da Suzano, “ela propaga mundo a fora investimentos no social da região mas que direciona mais de 70% das suas vagas de emprego para pessoas de fora do município de Mucuri e região” destaca Julio Neto, coordenador do sindicato da construção civil. “Precisamos ocupar nossos espaços, precisamos mobilizar o povo para que esses entendam o tamanho e a gravidade do problema, se for preciso vamos parar toda a produção da empresa mas não nos curvaremos para as opressões desses coronéis do eucalipto” concluiu Julio.
Noticia10
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