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Saúde - 14 de abril de 2016

MG: Pesquisadores mineiros desenvolvem alimentos mais saudáveis

Imagine consumir um alimento em sua dieta diária que, apesar de ter o mesmo sabor e aparência de sempre, agora te fornece mais nutrientes do que o usual e ainda previne doenças? Pesquisas desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) buscam justamente isso: criar alimentos mais saudáveis, a partir da troca de componentes no processo produtivo ou do acréscimo de ingredientes naturais, por exemplo.

Em Juiz de Fora, no Território Mata, o Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) conduz pesquisas para aplicação na indústria de laticínios. Vinculado à Epamig, o instituto concluiu projeto que desenvolveu um queijo prato que previne doenças oculares.

“O queijo prato tradicional leva urucum como corante, mas, apesar de ser natural e não causar nenhum problema, o urucum também não traz benefícios. Pensei: por que não trocar o corante por outro que, além de dar a cor ao produto, também fosse bom para a saúde?”, conta a pesquisadora que coordenou o projeto, Denise Sobral.

A utilização do corante luteína na fabricação do produto foi testada e deu certo: os resultados apontaram a absorção de 6mg de luteína, quantidade diária necessária para a reposição dessa substância no organismo, em cada 100g de queijo. O mais importante, porém, é que a cor e o sabor do queijo prato não sofreram alterações.

Com propriedades antioxidantes, a luteína previne doenças e lesões oculares, como a catarata e a degeneração macular, doenças que podem levar à cegueira. Como a substância não é sintetizada pelo organismo humano, é necessário que seja suprida por meio da alimentação. “O próximo passo é tentar reter ainda mais a luteína no queijo, de forma que uma porção de 30g do produto já supra a quantidade diária necessária”, finaliza Denise.

Outras pesquisas desenvolvidas no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) buscam agregar benefícios aos produtos lácteos. A pesquisadora Renata Golim Costa, por exemplo, trabalha com a redução do teor de sódio no queijo minas padrão. “Diminuir a quantidade de sódio no queijo não significa só reduzir o teor de sal, uma vez que ele é fundamental para controlar a maturação do queijo. Isto é, se só tiramos o sal, o queijo pode amargar, ficar mole, muito úmido e mais perecível”, explica Renata.

Ao substituir parte do cloreto de sódio utilizado na produção do queijo por cloreto de potássio, a pesquisadora conseguiu reduzir quase 35% do sódio no produto, sem perder o sabor ou alterar nenhuma outra característica.

Já o pesquisador Junio de Paula queria aproveitar o soro de leite, produto bem nutritivo e que normalmente é descartado. Ele criou uma bebida láctea acidificada, inédita no mercado, que também é enriquecida com luteína. “Se comparada a refrescos e refrigerantes, a bebida apresenta maior valor nutricional para o consumidor, por possuir proteínas, vitaminas e minerais”, diz. Agora, ele busca gaseificar mais a bebida, para estender sua validade de 90 para 120 dias. “O novo produto já foi desenvolvido e está em fase de protótipo. Ficou uma delícia e nossa ideia é que, com ele, as crianças e adolescentes consumam mais leite”, defende.
Noticia10/agenciaminas

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