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Saúde - 25 de janeiro de 2016

Saiba mais sobre a infecção urinária

Infecção urinária é a presença anormal de microrganismos em alguma região do trato urinário. Algumas pessoas, especialmente mulheres, podem apresentar bactérias no trato urinário e não desenvolverem infecção urinária, chamadas de bacteriúria assintomática. As principais causas são a relação sexual e a presença das bactérias do trato gastrointestinal que migram por via ascendente da região perineal até a bexiga. Raramente ocorre pela via hematogênica (circulação sanguínea).

Essa doença possui dois tipos: a cistite e a pielonefrite. A cistite é quando a infecção afeta a bexiga, enquanto a pielonefrite afeta o rim. Essa última possui sintomas mais severos. A doença, que possui incidência de 80% a 90% em mulheres, é mais prevalente na idade reprodutiva e nas mulheres que estão na menopausa, devido à queda do estrogênio e de micro-organismos que protegem a região íntima.

SINTOMAS

Na infecção urinária, os principais sintomas na mulher são:

Disúria (ardor na uretra durante a micção);

Aumento da frequência urinária (mais de sete vezes por dia);

Noctúria (mais de uma micção noturna);

Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;

Dor suprapública;

Sangue na urina;

Alteração do aspecto físico da urina (coloração escura, aparência turva e odor forte).

Em alguns casos mais severos, a doença pode causar dor lombar, febre e/ou mal-estar.

DIAGNÓSTICOS

A infecção urinária é uma doença que, quando não tratada adequadamente, pode acometer todo o trato urinário, independente da faixa etária do paciente. As mulheres sofrem mais com o problema por terem uma uretra mais curta e mais próxima ao ânus, local rico em bactérias provenientes das fezes. A doença é causada por micro-organismos que entram pela uretra e que podem até mesmo atingir a bexiga e os rins, infectando todo o trato urinário, causando fortes dores. O diagnóstico da infecção urinária é realizado em consultório pela escuta das queixas do paciente e pelo exame físico realizado em consultório.

A comprovação da infecção é realizada pelo exame de urina e determinação da quantidade de bactérias presentes na amostra coletada. Se o resultado for superior a 100 mil bactérias por mililitro é diagnosticada a infecção urinária. O tipo de bactéria causadora da infecção e o antibiótico apropriado para o tratamento são determinados pela cultura de urina (urocultura). Dependendo do nível da infecção e do histórico do paciente, o médico pode solicitar outros exames para investigar o aparelho urinário. Podem ser solicitados exames como ultrassom do abdômen e da pelve, urografia excretora, cintilografia renal e outros exames de imagem, tais como tomografia do abdômen. Apesar de não ser uma enfermidade específica do sexo masculino ou feminino, as mulheres estão mais predispostas a terem infecção urinária, pois sua uretra é mais curta e mais próxima do ânus, favorecendo o contágio por bactérias provenientes das fezes. Por esse motivo, é extremamente importante ter atenção à higiene dessa região. Se sentir ardência ou dor ao urinar procure seu médico. A infecção urinária deixada sem tratamento pode comprometer diversos órgãos do trato urinário.

EXAMES

Para diagnosticar adequadamente a infecção urinária, o especialista deve solicitar a urocultura com antibiograma – exame realizado em laboratório. O antibiograma é um teste de sensibilidade a fim de identificar a sensibilidade a certos antibióticos do agente causador da doença.

PREVENÇÃO

Para prevenir a infecção urinária recomendam-se algumas medidas a serem realizadas no dia a dia. Confira abaixo:

Ingestão de líquidos em grande quantidade;

Não reter urina;

Corrigir alterações intestinais como diarreia ou obstipação;

Micção antes e após relação sexual;

Estrógeno para as mulheres na pós-menopausa sem contraindicação hormonal;

Evitar o uso do diafragma e espermicidas;

Tratamento adequado do diabetes mellitus.

TRATAMENTOS E CUIDADOS

Para a infecção urinária do tipo cistite é possível o tratamento com antibiótico de dose única, de curta duração (três dias) ou de longa duração (sete a dez dias). Já o do tipo pielonefrite, a indicação é o uso do medicamento de longa duração. Como no caso do corrimento vaginal, a idade e o modo de vida da paciente devem ser levados em consideração para a escolha do tratamento. Em alguns casos a infecção se torna recorrente e conviver com esse problema não é nada fácil. Alguns fatores aumentam as chances da doença reaparecer, como o diabetes, retenção urinária, uso de sondas inseridas no trato urinário, incontinência fecal e urinária, cálculos renais e gravidez. Para evitar que a infecção urinária se torne uma doença recorrente o ideal é fazer um acompanhamento médico a fim de tratar causas que predisponham seu surgimento.

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