ES: Já são mais de 250 casos de zika e 14 de microcefalia no estado.

Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou, nesta terça-feira (8), a existência de 252 pacientes com suspeita de zika no Espírito Santo, sendo que cinco já foram confirmados por laboratórios. Só na última semana, foram 67 novos casos. Também já foram registrados 14 bebês com suspeita de microcefalia, entre já nascidos e que ainda irão nascer.

Apesar do Ministério da Saúde ter confirmado a relação no último dia 28, ainda não é possível afirmar que as crianças contraíram a doença neurológica por conta do vírus. As estatísticas podem aumentar, já que nem todos os municípios enviaram as informações para a Sesa e o processo de padronização do diagnóstico e confirmação do zika ainda está em curso.

A Secretaria de Saúde se reunirá, nesta quarta-feira (9), com as diretorias das maternidades públicas consideradas referências no estado. Segundo Gilza Rodrigues, gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, a medida visa preparar os hospitais para receber gestantes com suspeita de infecção do vírus. “Vamos passar o novo protocolo que acabamos de elaborar. A reunião também servirá para orientações sobre fluxo de gestantes”.

O Governo Estadual enviou à Assembleia Legislativa, nesta terça (8), um Projeto de Lei para permitir que os municípios utilizem 30% dos recursos do Fundo para Redução das Desigualdades Regionais em ações de controle e combate ao mosquito Aedes aegypti que, além de transmitir a dengue, é também o vetor do zika e da febre chikungunya – patologia similar à dengue, causada pelo vírus CHIKV.

A matéria diz que poderá ser utilizado até 60% da receita pública transferida às cidades, por aplicação da Lei 8.308/2006, para pagamento de despesas correntes, sendo que 50% do valor deverá ser aplicado na realização de ações de erradicação do mosquito e tratamento das doenças relacionadas a ele. A expectativa é que o Projeto seja aprovado na próxima segunda-feira (14) e entre em vigor a partir do dia 1º de Janeiro de 2016.

A informação foi divulgada na tarde desta terça-feira (8), que contou, além de Gilza Rodrigues, com as presenças do secretário chefe da Casa Civil, Paulo Roberto Ferreira, e do subsecretário de Assuntos de Regulação e de Organização da Atenção à Saúde, Magnus Bicalho.

“Desde 2006, contamos conta com esse fundo. São recursos que o estado recebe de royalties e repassa 30% para os municípios. Só que as Prefeituras tinham que usar 100% do valor em investimentos. Em 2015, já liberamos 50% do montante para que os municípios possam usar em despesas correntes, diante do quadro de crise financeira nacional. Agora, em função dos casos gravíssimos registrados e relacionados ao Aedes Aegypti, eles também poderão utilizar 30% no controle e combate ao vetor e investir no diagnóstico e tratamento das doenças”, explica Paulo Roberto Ferreira.

O secretário declarou que nem todos os municípios vão receber a verba. O governo estadual não vai repassar o recurso para 11 cidades que já têm boas receitas de royalties, por serem produtores de petróleo. São Mateus, Linhares e Itapemirim são alguns exemplos.

Noticia10/eshoje