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Entretenimento - 24 de junho de 2015

Paulo Coelho volta a Santiago de Compostela

 

Como escritor, Paulo Coelho (67) visitou diversos países, mas uma cidade tem significado muito especial para o autor brasileiro mais lido no planeta: Santiago de Compostela, capital da Galícia, no noroeste da Espanha. O famoso destino de peregrinos cristãos na Europa ganhou maior notoriedade graças ao livro O Diário de um Mago, de 1987, no qual ele relata a sua experiência no místico Caminho de Santiago. Ao lado da amada, a artista plástica Christina Oiticica (63), o autor voltou mais uma vez à secular cidade. “Foi aqui que a caminhada começou. E ela não acabou”, enfatiza Paulo, referindo-se à sua bem sucedida carreira literária. “É um lugar emblemático para mim”, completa o autor. “O Caminho de Santiago é muito importante para nós. Pude ver vidas mudarem por causa dele”, costuma dizer Chris, sua parceira de 35 anos.

No município do século IX declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, assim como o Caminho de Santiago, ambos em 1985, o casal pode caminhar por suas ruas e apreciar a beleza da arquitetura. Entre as atrações, prédios históricos como o imponente Palácio de Raxoi, em estilo neoclássico, sede do governo municipal e da junta da Galícia, na Praça do Obradoiro; a Catedral de Santiago de Compostela, construção medieval em estilo românico; e o Hostal dos Reis Católicos, uma joia da arquitetura. O local, também conhecido como Parador Santiago,é um hospital datado de 1511 transformado em hotel de luxo e considerado um dos mais belos da Europa.

“É como se fosse ontem. Para mim é algo atemporal. Sempre, a sensação é de como se eu tivesse acabado de chegar”, comenta Paulo sobre o local, que costuma expressar a sua ligação com a cidade em suas obras. “Em todos os meus livros eu cito a palavra Santiago. Sempre dou um jeito”, justifica Paulo. Visitar lugares diferentes e manter contato com outras culturas não tem o poder de influenciar na criação do autor de sucessos como O Alquimista, Brida e Veronika Decide Morrer. “Cada dia é uma fonte de inspiração. Não é preciso se locomover para isso”, argumenta Paulo, que trocou as viagens pela tranquilidade de sua casa em Genebra. “Eu gostava muito de viajar até 2009, quando vim para a Suíça. A partir daí, decidi viajar menos”, diz, referindo-se à já célebre festa em que comemora, anualmente, o dia de São José, sempre em um local diferente. “Eu conheço o mundo, achei que deveria ficar mais isolado. O isolamento me atrai. Meus editores já se acostumaram com isso. É claro que saio de casa todo dia com a minha mulher, mas estou em uma fase de meditação e reflexão, de muito campo e pouca cidade”, conta.

Apesar de recluso, o autor se mantém conectado com seus numerosos e fiéis fãs por meio da internet. Bastante ativo nas redes sociais, ele tem 26 milhões de seguidores no Facebook e 10 milhões no Twitter. “É uma maneira de ficar mais próximo dos meus leitores e também para proporcionar a troca de ideias, já que não faço tarde de autógrafos desde 2006”, afirma o escritor, cujo último lançamento foi Adultério, em 2014, e que garante ainda não estar trabalhando em um novo livro.

Já as visitas ao Brasil não têm sido muito frequentes. “Não vou a toda hora, assim como a outros países”, desculpa-se. A distância não o impede de acompanhar com interesse o que acontece no País. Recentemente, ele pode testemunhar a liberação das biografias não autorizadas pelo STF, Supremo Tribunal Federal. “Foi um grande passo. O Brasil mostrou muita luz nesta questão”, acredita Paulo, que já teve sua história contada em dois livros, O Mago, de 2008, e A Canção do Mago, de 2007, e também em filme, Não Pare na Pista – A Melhor História de Paulo Coelho, com Júlio Andrade (31) no papel do autor, lançado nos cinemas no ano passado.

Caras/noticia10

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