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Espírito Santo - 10 de maio de 2015

ES: Fibria Celulose será investigada por sonegação fiscal

 

A Fibria Celulose, maior produtora de celulose do Brasil, entrou na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa, destinada à apuração de sonegação fiscal no Espírito Santo que investiga entre outras a “Operação Derrama”. O presidente da CPI, deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), considera que a empresa passou a ser suspeita de sonegação a partir da ação de seus advogados, que fizeram requerimento, indeferido, de cópia dos autos que ainda estão sendo montados.

“Se até agora a empresa não foi citada em nada, por que está preocupada com o objeto de apuração da CPI? Para a comissão, começa a ficar claro que eles estão querendo fazer alguma ação para intimidar e bloquear os procedimentos investigatórios. Mas não vamos nos intimidar, pelo contrário: agora, eles nos deram motivos para convoca-los a depor e vou propor isso em uma de nossas próximas sessões”, disse Enivaldo dos Anjos.

Para o parlamentar, “quem não deve não teme” e o pedido dos advogados da Fibria Celulose reforça uma convicção. “Está se fortalecendo a nossa convicção de que a Operação Derrama, direta ou indiretamente, foi feita para atender aos interesses dos sonegadores. Tudo estava voltado para a questão da sonegação na área petroleira, mas esse documento da Fibria Celulose é uma auto-confissão de culpa e dá uma certa lógica a essa suspeita de patrocínio da operação. Todas as vezes em que existem ações para cobrar o que as grandes empresas devem, elas se mobilizam para criar obstáculos. Por que querem cópias durante as apurações, se tudo está feito com transparência, com transmissão pela TV?”, questionou.

A solicitação feita pelos advogados da empresa de obter cópia dos autos das reuniões da CPI foi o que desencadeou a afirmação do parlamentar que preside a comissão. “O requerimento revela o intuito da empresa de fazer alguma ação para intimidar e bloquear os procedimentos investigatórios. Agora, eles nos deram motivos para convocá-los a depor e vou propor isso em uma de nossas próximas reuniões”, afirmou Enivaldo dos Anjos.

A empresa já foi multada no ano de 2012 por uma operação de troca de ativos feita em 2007 com a International Paper (IP). A Receita Federal autuou a Fibria Celulose em R$ 1,6 bilhão, que não pagou a multa e recorre da decisão. Na última reunião da comissão foi solicitada à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) a lista dos 500 maiores devedores de impostos do Estado. Procurada pela reportagem, a empresa Fibria Celulose disse por meio da sua assessoria de imprensa que não irá se pronunciar sobre o assunto no momento.

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