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Economia - 24 de abril de 2015

ES: 400 agricultores participam de Simpósio sobre café em Brejetuba

 

Mais de 400 agricultores de toda a região Serrana e Caparaó capixaba reuniram-se nesta quinta (23) no município de Brejetuba, para participar do 1º Simpósio Estadual dos Cafés das Montanhas do Espírito Santo. O evento, realizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e Prefeitura Municipal de Brejetuba, ocorre no Ginásio de Esportes e segue até esta sexta-feira (24).

O município de Brejetuba é sede do evento por ser o maior produtor de arábica do Espírito Santo, com uma produção anual média de 400 mil sacas, sendo 100 mil de cafés cereja descascado superior. O café é sua principal atividade econômica, sendo produzido em 16 mil hectares, distribuídos em 1.184 propriedades.

No painel de abertura do evento, foi abordado o tema mercado e comercialização de café. O pesquisador da Embrapa Café/Incaper, Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca, discutiu o cenário atual da cafeicultura do arábica no Espírito Santo. Ele disse que o Espírito Santo é o 3º maior produtor de arábica do Brasil.

“A atividade cafeeira do arábica está presente em mais de 20 mil propriedades rurais no Estado e envolve 53 mil famílias. São produzidas 3 milhões de sacas de arábica anualmente. Essa atividade responde por 9,3% do PIB agrícola capixaba”, destacou Aymbiré.

Ele falou que a produtividade do arábica permaneceu estagnada no Espírito Santo durante muitos anos devido a vários fatores, como cultivares não apropriadas, adubação inadequada, espaçamentos abertos, locais impróprios de plantio, pragas e doenças, aspectos relativos à colheita e lavoras velhas. No entanto, devido aos programas estaduais de renovação e revigoramento das lavouras, a produtividade tem crescido.

“Em 2008, foi lançado o Programa Renovar Arábica, que buscou aumentar a produtividade, melhorar a qualidade do café, com a adoção de práticas sustentáveis. Ainda constituem-se como desafios a renovação do parque cafeeiro, a substituição dos cafezais em áreas impróprias e a evolução do nível tecnológico”, disse Aymbiré.

O pesquisador abordou a adoção de diversas tecnologias para a produção do café arábica, com destaque para a poda programada de ciclo como uma tecnologia que contribui na renovação da lavoura. “Em uma propriedade em Baixo Guandu, a poda programada de ciclo demonstrou o aumento de produtividade de 35% e aumento de rendimento de colheita em até 50%”, disse Aymbiré. Ele explicou que essa tecnologia tem sido testada em diversas unidades demonstrativas em todo o Estado.

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