Com romance, Caio Blat diz que está “brigando por espaço” entre as comédias
Em um mercado dominado por produções hollywoodianas e comédias de grande apelo comercial, um romance que tem São Paulo e Rio de Janeiro como cenários e como personagens procura encontrar seu espaço e romper com essa hegemonia contando uma história de amor contemporâneo.
Esse é o pensamento comum entre todos os envolvidos no filme “Ponte Aérea”, que chegou aos cinemas nesta quinta (26). Na trama, Caio Blat e Letícia Colin interpretam dois jovens de estilos de vida diferentes, que se conhecem durante uma viagem Rio-São Paulo e tentam levar à distância uma relação baseada em diferenças e receios.
“O público não está restrito a um gênero”, acredita a roteirista e diretora Júlia Rezende, de “Meu Passado me Condena”, que realizou seu filme com um orçamento considerado médio, de R$ 5 milhões. “Estamos sempre cavando o nosso espaço”, reconhece Blat, ator quase onipresente no cinema nacional, que atuou em mais de 20 filmes nos últimos dez anos e também está em cartaz com a comédia romântica “Meus Dois Amores”.
“Eu faço muito filme pequeno, filme médio, e a gente está sempre brigando por espaço. Sabemos que as pessoas querem ver esses filmes e que está difícil chegar até elas. Mas o Brasil ainda tem poucas salas de cinemas para um pais gigante como o nosso. O brasileiro ainda está descobrindo que o filme brasileiro é um dos melhores programas para o final de semana”, diz o ator.
“O que tem acontecido no Brasil é que as grandes comédias têm um investimento grande no lançamento, com mídia e muitas salas, e outros gêneros acabam não recebendo tanta atenção”, explica a diretora. “Muitas vezes as pessoas nem sabem que um filme estreou e isso, claro, dificulta na bilheteria depois e vira um ciclo um pouco vicioso”.
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