ES: Estado vai devolver para o Ministério da Saúde ambulâncias que nunca foram usadas

Mais de 1,5 milhão de habitantes do Estado vão ficar sem o atendimento médico de urgência, oferecido pelo Samu. A ampliação do serviço para as regiões Sul, Central e Norte está suspensa por falta de recursos. Juntas elas representariam um desembolso anual para os cofres públicos que supera os R$ 68 milhões.

O secretário estadual de Saúde, Ricardo de Oliveira, destacou que sua pasta herdou uma dívida de R$ 100 milhões com prestadores de serviço – como hospitais filantrópicos – e que não tem como arcar com a ampliação de novos serviços. “Não há recursos”, disse.

Das 32 ambulâncias enviadas pelo Ministério da Saúde, 11 serão devolvidas. Em seguida serão enviadas para Minas Gerais e Rio de Janeiro. Do total, nove foram destinadas ao Samu da Grande Vitória. Das 12 restante, outras oito vão ficar para a renovar a frota atual. O destino das quatro últimas será definido no planejamento estratégico do governo, em março. “Se conseguirmos recursos, vamos mantê-las”, disse Oliveira.

As 32 unidades estavam há quase dez meses estacionadas no pátio do Hospital Infantil de Vila Velha, elas foram enviadas ao Estado em maio do ano passado para a expansão do Samu da Região Metropolitana (9 unidades) e da Região Sul (23 unidades). O custo das 23 ambulâncias que estão abandonadas no pátio, segundo o Ministério da Saúde, é de R$ 2.966.683,60.

Oliveira destaca que, diante da importância dos serviços prestado pelo Samu, pretende ampliá-lo até o final da atual administração. “Mas isso não poderá ser feito em 2015. Não há recursos”, reafirmou. Por enquanto, o atendimento prestado aos 40% da população não contemplados pelo Samu, é garantido por ambulâncias dos bombeiros, dos municípios e dos hospitais estaduais.