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Economia - 14 de janeiro de 2015

MG: Safra mineira de café deve alcançar 23,3 milhões de sacas no ano de 2015

 

A produção de café em Minas Gerais, nesta safra, deve atingir a média de 23,3 milhões de sacas. Os números fazem parte do primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e deve ficar bem próximo do produzido na safra passada, que foi de 22,6 milhões de sacas.

De acordo com o assessor técnico do Café da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Niwton Castro Moraes, os dados foram coletados em dezembro, após um período de boas floradas e de uma recuperação de preços que permitiu o investimento em tratos culturais. “A partir da coleta dos dados até este momento, é possível que a estiagem provoque perdas na safra, alterando pra baixo esta estimativa”, explica.

Em 2015, o preço do café deve se manter nos patamares do preço praticado hoje, que é de R$ 500 a saca de 60 quilos. Para efeito de comparação, em 2013, o preço médio da saca ficou em R$ 288 e, no ano passado, foi de R$ 418. Na avaliação do assessor da Seapa, o valor negociado atualmente é um bom preço para o produtor que não enfrentou problemas com a estiagem. “Como a receita é uma combinação entre preço e volume, quem não teve perdas significativas está conseguindo ter um retorno financeiro razoável, mas não é o caso da maioria dos produtores mineiros porque grande parte enfrentou algum tipo de redução na produção, observa.

A bienalidade, característica da cultura do café, que alterna um ano de boa produção com outro de produção reduzida, não terá impacto significativo. A bienalidade foi negativa em 2013 e, no ano passado, a safra deveria ter sido cheia, mas foi prejudicada pela estiagem. Neste ano, que seria novamente de safra reduzida, o volume vai se aproximar do registrado no ano anterior.

Outros pontos também vêm influenciando a redução dessa flutuação da safra, como a adoção de tratos culturais e o plantio de alta densidade. Ainda segundo o assessor Niwton Moraes, a amplitude da bienalidade vem sendo reduzida a cada ano. “Em termos de estado ou país, essa variação é atenuada porque algumas regiões estão na bienalidade oposta, amenizando o efeito de variação da safra”, explica.

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