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Entretenimento - 14 de outubro de 2014

Banda de Brasília faz metal em tupi para chamar atenção à causa indígena

 

Na década de 1990, o Sepultura chocou seus fãs –e o mundo– ao misturar seu metal com elementos da música brasileira. Primeiro, foi pontual, com a instrumental “Kaiowas”, no disco “Chaos AD” (1993). Depois, a mistura foi enraizada no DNA do clássico “Roots” (1996), com direito a uma imersão na mata para gravar “Itsári” com os índios xavantes. Já são duas décadas desde então e agora, enfim, um grupo cruzou a porta aberta pela banda mineira.

A Arandu Arakuaa, banda que toca algo que pode ser classificado como “metal indígena”, nasceu em Brasília, quando o guitarrista Zândhio Aquino apostou em iniciar um projeto integralmente ligado a temas indígenas: do nome, que significa “sabedoria do cosmos”, ao som cheio de percussão e influências tribais, chegando às letras, escritas exclusivamente em tupi antigo. Um pacote que é uma novidade não só no metal, mas uma raridade na música brasileira como um todo.

“Nasci e morei até os 24 anos de idade ao lado da terra indígena Xerente, em Tocantins. Cresci tendo contato com música indígena e a música tradicional brasileira (baião, catira, cantigas de roda, vaquejada…)”, conta Zhândio. “O rock só entrou em minha vida na adolescência. Mais tarde, ao tentar tocar algo, apareceram todas essas referências”, explica o guitarrista, que tem fortes influências de artistas díspares como Metallica e Nação Zumbi, Black Sabbath e Alceu Valença.

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