Em cena com Wagner Moura, Selton Mello diz que voltou a ter tesão em atuar
Dois dos principais nomes do cinema nacional vão, finalmente, se encontrar nas telas a partir desta quinta-feira (9), e o responsável pela união nas telas é um cineasta estrangeiro. O britânico Stephen Daldry (de “Billy Elliot”) conseguiu juntar Wagner Moura e Selton Mello, mesmo que para apenas uma cena, em “Trash – A Esperança Vem do Lixo”, filmado no Rio de Janeiro.
“A gente se conhece de muitos carnavais, temos vários amigos em comum. Já fizemos um filme juntos em que a gente não se encontrava, o ‘Nina’ [2004, de Heitor Dhalia]. E neste [‘Trash’] temos uma cena, alguns segundos na tela, e foi ótimo”, conta Selton Mello. “Era uma cena super difícil, super delicada, sobretudo para ele [Wagner]. Precisava de uma concentração gigante, de uma maquiagem enorme, que até machucou o olho.”
Na cena descrita, o policial corrupto e vilão do filme Frederico (Selton) comanda uma sessão de tortura em José Angelo, personagem de Wagner, que roubou documentos e muito dinheiro de um deputado corrupto. São apenas alguns segundos, que devem, no entanto, fazer com que o público peça por mais. “A gente brincou que foi até bom, porque guardamos para fazer um outro filme”, diz Selton. “Tenho o maior desejo de juntar forças com o Wagner a hora que for. E isso vai acontecer já, já. Assim que a gente arrumar tempo.”
“Ficou ainda uma surpresinha para a gente fazer”, completa Wagner. “Porque eu e o Selton já tínhamos falado muito disso, de a gente fazer alguma coisa juntos, se encontrar para pensar o que seria isso. E aí rolou ‘Trash'”, conta o ator, lembrando que o encontro quase não aconteceu. “É curioso que essa cena não estava no roteiro, não estava no filme. A gente fez o filme todo e depois teve uma refilmagem. Dois meses depois, a gente fez essa cena.”
Adaptado do livro de mesmo nome de Andy Mulligan, “Trash” acompanha três garotos que vivem em um lixão e encontram uma carteira, pertencente a José Angelo (Wagner). O objeto é procurado pela polícia por conter a chave para descobrir o esconderijo de milhares de reais e documentos que comprometem um deputado corrupto.
“Eu fiquei surpreso quando assisti, porque, na verdade, o personagem está muito mais no filme do que eu pensava”, diz Wagner sobre seu José Angelo. “Na verdade, eu gravei quatro ou cinco cenas. O Stephen desmembrou e foi me botando em pedaços do filme, em flashbacks. Ele é mais uma memória das crianças, o espírito dele meio que guia aquelas crianças. É um cara que, do jeito dele, fez a coisa que ele julgava ser certa.”
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