Confira 5 filmes de Gramado que vão chamar a atenção em 2014 e 2015
Os curadores da edição deste ano do Festival de Gramado Rubens Ewald Filho, Marcos Santuário e Eva Piwowarski mantiveram a diversidade e a qualidade da programação do evento mesmo sem José Wilker, que cuidou da curadoria em 2012 e 2013, ao lado de Ewald e Santuário, e morreu em abril deste ano.
Em oito dias de programação, o festival trouxe filmes latinos, uma extensa mostra gaúcha e curtas de diversas partes do país, mas foi na mostra de longas brasileiros que mostrou todo o seu potencial. O evento abriu com o suspense “Isolados”, último filme em que Wilker atuou, exibido fora da competição, e na mesma noite exibiu o drama “A Despedida”, sobre o amor de um homem de 90 anos e sua amante, 50 anos mais nova.
Nas noites seguintes, ainda foram exibidos filmes de guerra (“Senhores da Guerra” e “A Estrada 47”), um infanto-juvenil (“O Segredo dos Diamantes”), dois musicais (“Sinfonia da Necrópole” e “A Luneta do Tempo”), outro drama (“Infância”), e, por último, o documentário “Esse Viver Ninguém Me Tira”.
“A Despedida”
Em seu segundo longa-metragem, Marcelo Galvão (Colegas, 2012) foge do discurso politicamente correto da terceira idade para contar a história de amor de um homem de 90 anos e mulher 50 anos mais nova. Nelson Xavier dá vida ao homem que usa fraldas geriátricas, tem problemas de audição e precisa de um andador para se locomover, mas que não perdeu a libido e ainda é capaz de viver momentos quentes com sus amante, vivida por Juliana Paes.
“O Segredo dos Diamantes”
Diretor de “A Dança dos Bonecos” e “Menino Maluquinho”, Helvécio Ratton volta ao gênero infanto-juvenil ao trazer um trio mirim que começa uma caça ao tesouro para salvar o pai de um deles, que se acidentou e espera transferência para um hospital caro. Apesar de ser direcionado às crianças e aos adolescentes, o filme é capaz de encantar todas as faixas etárias, além de trazer, sem forçar a barra, as paisagens, a cultura e o sotaque do interior de Minas Gerais.
“A Luneta do Tempo”
O primeiro filme dirigido por Alceu Valença enche a tela de cor, música popular e cordel ao contar o conflito entre o cangaço e o poder através de gerações. O casal mais famoso do cangaço, Lampião e Maria Bonita, é vivido por Irandhir Santos e Hermila Guedes. Ambos mais uma vez encantam na interpretação. Como em uma ópera, Alceu ritmou todos os sons do filme: pássaros, tiros, diálogos e músicas e trouxe um longa autoral e que resgata a cultura popular nordestina.
“A Sinfonia da Necrópole”
A diretora Juliana Rojas (“Trabalhar Cansa”) diz que sempre foi fascinada por cemitérios e que se interessa por contar a vida das pessoas que trabalham nesses lugares. Como se trata de um local mórbido, ela decidiu fazer uma comédia musical bastante paulistana, com canções inspiradas em Adoniran Barbosa e no rock dos anos 1980. O filme ainda ganha muito com uma história de amor torta entre um aprendiz de coveiro (Eduardo Gomes) e uma agente funerária (Luciana Paes).
“Esse Viver Ninguém Me Tira!”
Em sua estreia como diretor, o ator Caco Ciocler volta às suas origens judaicas para contar a história da brasileira que facilitou a entrada de muitos judeus no Brasil. Aracy de Carvalho Guimarães Rosa. Mulher do escritor João Guimarães Rosa, ela trabalhava no controle de passaportes em Hamburgo e contrariou as normas de não liberar vistos para judeus alemães. Por ter alguma ligação pessoal com o tema, Ciocler aparece dando seu depoimento ou revelando suas impressões.
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