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Bahia - 4 de junho de 2014

Nova Viçosa: Entidades devem pedir suspensão de dragagem em Caravelas

 

Após reivindicações de pescadores, comerciantes e vereadores, foi realizada na sexta-feira, 30 de maio, no centro de formação de professores, em Nova Viçosa, uma audiência pública para discutir os prováveis efeitos da dragagem do Canal do Tomba ou boca do rio Caravelas, para circulação das embarcações no terminal de barcaças da Fíbria Celulose.

A reunião foi convocada pela prefeitura e teve a participação do prefeito Márvio Lavor Mendes, do Procurador do Município Romildo Machado, da secretária de meio ambiente Karla Beatriz, o presidente da Câmara Rogério Benjamin e demais vereadores. Também participaram representante s da associação de pescadores, barraqueiros e cabaneiros e de hotéis e pousadas.

Segundo os pescadores, recifes de corais já foram cobertos com a lama escura trazida pelas correntes marítimas. Esses resíduos seriam responsáveis pela coloração escura nas águas das praias do Pau Fincado e do Lugar Comum e em toda a orla nova viçosense. Os comerciantes atribuem a esse problema, o afastamento ou diminuição da permanência do turista na cidade.

O presidente da Associação de Pescadores Sr.Waldek, disse que há alguns anos a categoria sofre com os efeitos da dragagem. “Há muito tempo buscamos discutir esse problema, como agora outros setores estão sendo afetados ficou mais fácil reunir”, disse o pescador, destacando que a autorização ambiental de 2002 foi para 250 mil metros cúbicos de resíduos, mas hoje já chega a 600 mil metros cúbicos.

O prefeito Márvio sugeriu após consulta ao setor jurídico, a abertura de uma ação civil pública, que impeça a retomada da dragagem, prevista para novembro, até que sejam realizados estudos na área e encontrada solução para o problema. “Não queremos impedir a dragagem, mas precisamos proteger nossas praias e nossa economia”, disse.

No encontro, foi formada uma comissão com representantes da Prefeitura, da Câmara de Vereadores e de entidades do comércio e pesca, que vai analisar documentos e dialogar com organizações do município de Caravelas, órgãos ambientais  e com a Fíbria para uma reavaliação dos efeitos da dragagem.

A vereadora Elenice Arruda (PP), que já havia levado à Câmara, pedido de providências para o problema, participou da reunião. “O momento é de unir forças, encontrar solução. É esse o objetivo dessa comissão”, disse. Já Rogério Benjamin (PCdoB), disse que “a Câmara participará diretamente, inclusive disponibilizando o seu departamento jurídico para orientar a comissão aqui formada”. Rogério lembrou que a comissão não deve temer de questionar a Fíbria e os órgãos ambientais, em especial o IBAMA, na busca de uma solução para o problema,  caso seja confirmada a suspeita de que as alterações nas praias de Nova Viçosa são provocadas pela dragagem em Caravelas.

Por Rubens Floriano

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