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Entretenimento - 30 de maio de 2014

Moralista, “Os Homens São de Marte…” traz protagonista desesperada para casar

 

“Os Homens São de Marte… E É Pra Lá Que Eu Vou”, do diretor Marcus Baldinim acompanha Fernanda (Mônica Martelli), uma mulher de 39 anos bem-sucedida e independente, mas que tem extrema dificuldade em encontrar o verdadeiro amor. Na busca pelo par ideial, ela acaba se envolvendo com vários tipos, do político sedutor ao hippie estrangeiro, passando pelo playboy. Além de Mônica, uma das apresentadoras do programa “Saia Justa”, o elenco conta com nomes como Eduardo Moscovis, Herson Capri e Paulo Gustavo. Baseado na peça de teatro homônima, o filme entra em cartaz no dia 29 de maio Divulgação

Baseado numa peça que ficou quase uma década em cartaz no país e fez um público de dois milhões de ingressos, o longa “Os Homens São de Marte… E É Pra Lá Que Eu Vou!”, que estreia nesta quinta (29), traz a sua criadora, Mônica Martelli, novamente como protagonista.

Ela é Fernanda, mulher bem-sucedida profissionalmente que busca um homem para chamar de seu e se envolve em mil confusões enquanto tenta achar o príncipe encantado. A trama, os personagens e a situações são tão clichês quanto as duas frases anteriores que descrevem o filme. O que há nessa mulher contemporânea que assusta aos homens? Seria o seu desespero para se casar ou sua independência financeira?

Fernanda, que é sócia numa empresa que organiza festas de casamento, se envolve com um político (Eduardo Moscovis), um milionário (Humberto Martins), um alemão meio hippie no nordeste (Peter Ketnath) e um arquiteto (Marcos Palmeira).

Com todos ela acredita que será feliz para sempre —e com quase todos se frustra. É apenas com um deles que ela encontra o puro amor conjugal: com aquele com quem não vai para a cama no primeiro encontro. “Os Homens São de Marte… E É Pra Lá Que Eu Vou” parece estar repetindo um velho bordão moralista, da suposta diferença entre as que são para casar e as outras.

Mônica é boa de comédia e domina a personagem, tem timing para humor e sem dúvida é o que há de melhor no filme. Mas as situações e a obstinação de Fernanda quase desumanizam a protagonista que, em certos momentos, parece um robô programado apenas para esperar uma aliança na mão esquerda.

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