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Mulher - 15 de março de 2014

A importância de fazer as refeições em família

 

Recentemente o jornalista norte-americano Michael Pollan lançou um livro chamado “Cooked: A Natural History Of Transformation” (Cozido: uma história natural da transformação). Na obra, um dos principais assuntos abordados fala justamente sobre a necessidade de se fazer refeições em família. Durante a leitura é possível perceber a posição dele em relação a esse assunto, principalmente, quando ressalta a importância de fazer as crianças compreenderem que não se deve comer diante da TV e, sim, sentar à mesa.

Aliás, comer com a família, todos juntos, é algo que as pesquisas já afirmam há tempos que ajuda no desenvolvimento dos pequenos e incentiva a conscientizá-los sobre o quanto vale a pena comer alimentos saudáveis. Uma pesquisa recente publicada no Jama Pediatrics, jornal da Associação Médica Americana, afirma que fazer refeições em família ajuda até mesmo a prevenir a obesidade infantil e reduzir o excesso de peso.

A psicóloga infantil Daniella Faria explica que o fato dos pais sentarem à mesa para comer com os filhos estimula, consequentemente, o apetite das crianças. Além disso, os hábitos alimentares dos pequenos, segundo ela, melhoram com esse convívio. “Eles aprendem novos sabores e, enquanto isso, tanto o pai quanto a mãe podem observar e cuidar melhor da alimentação dos filhos”, diz.

E nada de dar desculpas. A profissional explica que é preciso tentar conciliar os compromissos durante a semana com esses encontros familiares. Embora muitas vezes os horários de cada um se desencontrem, se os pais se organizarem para criar essa rotina entre todos da casa vai ser muito importante para a criança. “Vale a pena programar uma refeição juntos, não importa qual. Seja no café, almoço, jantar ou lanche da tarde. E os pequenos adoram”, afirma a nutricionista.

Daniella diz ainda que a refeição em família é um momento de grande aprendizado, onde as crianças observam como os pais se comportam à mesa para seguir o exemplo deles. Além de ser algo que proporciona alegria para toda a família. “Isso possibilita a troca, a conversa. Cada um pode contar como foi seu dia, olhar nos olhos e se conhecer ainda mais. Acredito que essa vivência seja, sem dúvida, muito benéfica para todos, adultos e crianças”, destaca.

Segundo a psicóloga, são nesses encontros que valores e princípios podem ficar muito vivos. As crianças podem pedir ajuda, por exemplo, para alguma situação, bem como contar as suas experiências. Já os pais e mães podem compartilhar de seu dia, contar seus desafios etc. Essas situações permitem que todos fiquem mais próximos, ligados com a certeza de que esse momento está sempre garantido. Idade ideal para sentar à mesa

Daniella Faria diz que quanto mais cedo melhor. No entanto, ela acredita que a partir dos três anos de idade essa postura se concretiza com mais facilidade e a criança já tem toda condição de permanecer sentada, bem como de iniciar a descoberta dos talheres e sabores com diversão.

 

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