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Economia - 9 de janeiro de 2014

Bahia produzirá água de coco engarrafada sem conservantes químicos

 

A partir de março, a Bahia passa a produzir água de coco engarrafada sem conservantes, usando tecnologia inédita no mundo. Foi para conferir esse grande empreendimento do Grupo Aurantiaca no município de Conde, a 182 km de Salvador, que o secretário estadual da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, sobrevoou hoje (8) os 2,2 mil hectares de coqueirais da divisão agrícola do grupo – que inclui sócios brasileiros e norte-americanos -, e visitou as instalações industriais de beneficiamento da fibra, engarrafamento da água e produção de leite e óleo de coco, batizada de Frysk Industrial.

O secretário exaltou o modo de produção, a tecnologia empregada e o aproveitamento máximo da matéria-prima como modelo para os projetos agroindustriais do país. James Correia também visitou a Escola Castro Alves, onde foi investido R$ 1 milhão pelo Grupo Aurantiaca para garantir educação para 85 crianças da comunidade de Pedra Grande, na zona rural de Conde.

“Realmente é um empreendimento extraordinário por suas instalações moderníssimas e gigantescas, pelo valor do investimento de R$ 370 milhões e pelo número expressivo de 1 mil empregos diretos em um município que tem uma população economicamente ativa de 6 mil pessoas. Tanto as fazendas quanto a fábrica vão dar uma dinâmica extraordinária a uma região que só tem praticamente a pesca artesanal e o turismo como atividades econômicas”, diz Correia, que foi recebido pelo vice-presidente do Grupo Aurantiaca, Roberto Lessa.

Cerca de 50% da demanda por cocos da Frysk será abastecida pelos produtores da região, enquanto a outra metade virá das três fazendas que o grupo mantém no Litoral Norte, que somam cerca de 2,2 mil hectares de plantio e 3,9 mil hectares de áreas preservadas. A média local de produção hoje é de 30 frutos por árvore/ano. Com alta tecnologia, irrigação e manejo, a produtividade deverá subir para 230 frutos por árvore/ano.

Na divisão agrícola, a produção é feita por um sistema de glebas, em que cada trabalhador, chamado de arista, é responsável pelo cultivo, manejo e produção de sua área. No total são 110 glebas, com 450 mil pés de coco, que vão produzir 90 milhões de frutos/ano. Cada coqueiro tem um código de barras instalado desde o plantio, permitindo que seja feito o controle individual de produtividade e qualidade de cada um deles. A variedade cultivada é o anão, que produz cerca de 400 mililitros/fruto, contra 150 mililitros/fruto do coqueiro híbrido.

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