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Bahia - 20 de outubro de 2013

O Extremo Sul baiano que não queremos

 

O território do Extremo Sul da Bahia, composto hoje por 13 municípios vem vivendo momentos de extremos paradoxos no que tange o seu desenvolvimento, seu contingente populacional e a sua perspectiva de crescimento. Para entender não precisa de muito, basta um breve olhar para os últimos números que descrevem essa micro, mais tão importante região.

Um balanço que transforma em números o que foi a década de dois mil (do ano 2000 a 2010) revela que no primeiro ano dessa década quase 22% da população do Extremo Sul da Bahia estava na linha da pobreza extrema, já entre 2010 e 2012 esse número caiu consideravelmente, chegando a pouco mais de 11% no extremo sul, enquanto no estado da Bahia essa taxa ultrapassa os 15%. Ai começam os paradoxos, pois essa mesma região tem 40% da sua população vivendo do assistencialismo do bolsa família.

Com um número estimado para 2013 de mais de 450.000 habitantes, o Extremo Sul da Bahia tem quase 170.000 beneficiários bolsa família, o que faz com que a redução para 11% no número de indivíduos na linha da pobreza extrema tenha uma projeção muito maior, com quase 45% da população na linha ou abaixo da linha da pobreza, tendo como única e exclusiva fonte de renda os programas sociais do governo. Números apresentados pelo próprio governo, nos diálogos territoriais, aqui no extremo sul na cidade de Teixeira de Freitas.

Neste período a região teve um salto de quase 14% no PIB per capita, com um crescimento de 59% no número de empregos gerados, uma média de 5% de crescimento anual na geração de vagas de emprego, se colocando como um dos territórios que mais cresceram em todo o estado da Bahia. Por outro lado esse crescimento foi alavancado pela administração pública que gerou 15.789 vagas de emprego neste espaço de tempo, afrente de forças empregatícias como comércio, agropecuária e indústria e transformação.

Esse é um breve raio x do extremo sul da Bahia, que entre a monocultura do eucalipto, produção da  cana de açúcar, polos de fruticultura e um dos maiores rebanhos do estado, vem produzindo crescentes números apenas para inglês ver, pois na prática a população dessa região vem sendo em nada beneficiada pelas imensas riquezas que produz.

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