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Bahia - 13 de outubro de 2013

Mucuri: a verdade por traz da primarização da Suzano papel e celulose.

 

Para aqueles que vêm acompanhando todos os pontos e contrapontos apresentados pelas partes interessadas e contraria a primarização nos últimos dias, outra informação chega como uma verdadeira “bomba camuflada”, os motivos subliminares que estariam levando a própria Suzano a não se opor ao processo de primarização, e até a defendê-lo em algumas falas de seus diretores. A mecanização da colheita, por aquilo que estão chamando de “a revolução” dos últimos vinte anos, assim é chamada a colheitadeira de biomassa florestal da New Holland, que será apresentada entre os dias 29 e 30 deste mês em Botucatu interior de são Paulo pelo fabricante.

Enquanto todos estavam voltados para o desemprego em massa que será promovido pela primarização florestal da Suzano Papel e Celulose, outra ação silenciosa vem ganhado cada vez mais vida nos bastidores do grupo Suzano e afetará uma fatia muito maior de pessoas, gerando o tripulo de desemprego em relação ao que foi  imaginado, afetando também a parte de logística da madeira, com uma redução de mais de 60% da frota de carretas que prestam esses serviços. Hoje uma carreta emprega 3 motoristas, com o uso da colheitadeira de biomassa florestal da New Holland o número de desempregados só  de motoristas poderá chegar a 1300 de imediato a adesão do novo sistema tanto na Suzano quanto nas terceirizadas.

A máquina com plataforma que custará a partir de R$ 850 mil, teve seu  processo de validação na Universidade Estadual Paulista (Unesp), campos de Botucatu (SP) onde levou quase dois anos para ficar pronto. “levamos cerca de dois anos até concluirmos todos os testes de validação”, diz o especialista de Produto da New Holland, Roberto Jonker, explicando que a máquina foi desenvolvida na Bélgica, testada com outras espécies de árvores, e agora depois de avaliada com eucalipto cultivado no Brasil já está à disposição.

A colheitadeira de biomassa florestal da New Holland corta, derruba, pica e já transforma em cavaco o eucalipto, que passará a ser transportado por grandes caçambas, cada caçamba terá capacidade de transportar matéria prima equivalente ao que transporta hoje no mínimo 30 carretas carregadas com toras de eucalipto, diminuindo assim significativamente o número de vagas para motoristas, gerando um impacto social e econômico para a região de proporções até agora inimagináveis. Essa mesma colheitadeira ainda faz o mesmo serviço que hoje é feito por 5 harvesters, que empregam três operadores por máquina, contabilizando com o novo sistema para cada uma nova colheitadeira adquirida 14 operadores desempregados.

Andréia Coimbra, que lidera o movimento #responsabilidadesocial, vê com surpresa mais essa informação, “isso já está ficando com aspecto dramático, nós não podemos permitir que tais atrocidades venham acontecer” para Andréia Coimbra, não existe economia, ganhos ou diminuição em impactos logísticos que justifiquem o desemprego em massa que será promovido com essas ações do grupo Suzano em Mucuri. A redação do NOTICIA10 tentou entrar em contato com os diretores do grupo Suzano, mais como sempre outra negativa por parte da assessoria de comunicação da empresa, que ao que parece não está nem um pouco preocupada com caos que será criado na região.

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