O estado da Bahia tem 4 “heroínas da pátria”, ao todo o país tem nove mulheres consideradas heroínas.
O estado da Bahia carrega com muito orgulho um histórico de resistência, de um povo combativo que sempre se posicionou frente aos seus opressores. Orgulhar se desta história é também valorizar as contribuições de mulheres nessa construção. Na galeria de heroínas do Brasil, figuram o nome de nove mulheres, quatro delas baianas ou da Bahia. Muito pelo ato de resistência que as mulheres desempenharam pela independência do Brasil na Bahia, que duraram um ano e sete dias, entre 25 de junho de 1822 e 2 de julho de 1823. um papel importantíssimo no processo, e muitas se destacaram nas batalhas e na ajuda aos soldados.
O “Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria” compila os nomes de brasileiros considerados fundamentais em episódios históricos do país. Das 52 inscrições, nove são mulheres. Feita em folhas de aço e com dez páginas, a obra existe desde 1989 e é mantida no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, monumento localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Para que um nome entre na lista, o Senado e a Câmara dos Deputados precisam aprovar uma lei com o pedido de inclusão. O critério é que tenham se passado 10 anos da morte, ou da presunção da morte, da pessoa homenageada.
Anna Nery (1814-1880)
Considerada a primeira enfermeira do Brasil, a baiana coordenou serviços hospitalares de emergência que atendiam soldados durante toda a Guerra do Paraguai, de 1864 a 1870. Mapeou quais doenças tinham risco de se alastrar nas regiões de combate, como cólera, malária e varíola, e criou condições de higiene para tentar evitar contaminações.
Maria Quitéria de Jesus Medeiros (1792 – 1853)
Maria Quitéria se vestiu de homem e usou o nome do cunhado para poder se alistar na artilharia brasileira e enfrentar os portugueses no período das lutas pela independência. Foi na Bahia, em 1822, quando uma junta provisória se instalou para acabar com o domínio português no território. Pelo seu trabalho, foi condecorada por D. Pedro I, e ficou conhecida como a primeira mulher a pertencer a uma unidade militar.
Maria Felipa de Oliveira (sem data – 1873)
Pescadora, negra, da Ilha de Itaparica, na Bahia, liderou um grupo de 40 mulheres que se organizaram para impedir as invasões portuguesas na região. Em 1823, ela e sua tropa deram uma surra em soldados portugueses que rondavam a área com uma planta urticante chamada de cansanção. Depois, atearam fogo nas embarcações.
Maria Felipa é conhecida como heroína da Independência da Bahia, comemorada em 2 de julho de 1823. Esse dia marca a vitória do exército do estado sobre tropas locais fiéis ao governo português que não aceitava a independência do Brasil, proclamada em 1822.
Sóror Joana Angélica de Jesus (1761 – 1822)
A religiosa fazia parte do Convento da Lapa, em Salvador, daí o termo pelo qual é chamada, “sóror”, o mesmo que irmã dentro do catolicismo. Em 1822, quando os exércitos portugueses tentavam barrar os movimentos pró-independência, Joana foi assassinada com uma baioneta, ao tentar impedir a entrada de soldados em seu convento.
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